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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Dez Princípios de Liderança Segundo Nemoto



Gostaríamos de iniciar esta seção com os 10 princípios de Nemoto, para lhe fazer uma alusão aos 10 mandamentos do "Todo Poderoso" conforme descrito em Êxodo 20, e deixar claro que esse início não marca o fim no que se diz respeito ao que podemos falar e escrever sob os princípios de liderança, mais sim marcar o inicio, pois o nosso desejo é publicar os princípio de liderança segundo você?  

Os Dez Princípios de Liderança de Nemoto (também conhecidos como "Os Provérbios de Nemoto") são o resultado de uma compilação dos princípios de gestão criados por Masao Nemoto, diretor-geral da Toyota. Masao Nemoto foi um dos grandes responsáveis pelos esforços desenvolvidos no sentido de desenvolver o controlo total da qualidade e a introdução de métodos de produção Just-in-Time na Toyota. Neste processo observou que os gestores apresentavam muitas vezes estilos de liderança que entravam em conflito com os objetivos de controlo de qualidade e dificultavam o funcionamento dos circuitos de qualidade. Com o objetivo de inverter esta situação, Nemoto escreveu os seus princípios de gestão, distribuindo-os aos seus colaboradores sempre que estes assumiam uma nova posição.
Tal como fazia Nemoto, estes princípios devem ser usados para que os lideres saibam o que se espera deles quanto da implementação de programas de melhoria da qualidade. Ao contrário da maioria dos programas de qualidade que, desde a definição dos controlos de qualidade até ao controle estatístico, incidem sobre os colaboradores de escalões hierárquicos mais baixos, o método de Nemoto incide sobre os colaboradores de escalões hierárquicos superiores. e por esta razão nos iniciaremos com ele pois estamos certos de que as grandes mudanças ocorrem de cima para baixo. 

Princípios de Liderança de Nemoto:

1. Melhoria Sucessiva: os gestores devem procurar continuamente formas de melhorar o trabalho dos seus subordinados; para isso devem criar um ambiente propício à melhoria.

2. Coordenação entre Departamentos: os gestores de divisões, departamentos e filiais devem partilhar responsabilidades; segundo Nemoto, uma das funções mais importantes de um gestor de divisão é a de melhorar a coordenação entre a sua divisão e as outras - se o gestor não for capaz de realizar esta tarefa, então deverá trabalhar noutra empresa.

3. Todos Falam: esta é a regra que guia os supervisores do controlo de qualidade assegurando a participação e aprendizagem por parte de todos os membros da organização; escutando a opinião de todos, a gestão de topo pode criar planos realistas e que têm o apoio de todos os que os devem programar, um elemento essencial nos programas de qualidade.

4. Não Repreender: este é um conceito estranho para a maioria dos gestores; segundo este princípio, a política que rege os superiores hierárquicos deverá ser a de evitar o criticismo e os castigos ameaçadores quando são cometidos erros; esta é a única forma de assegurar que os erros são imediata e completamente relatados de forma a que as causas básicas (em termos de procedimentos e de processos) possam ser identificadas e corrigidas, pois a atribuição de culpa a quem confessa erros desencoraja o relato das falhas e torna difícil a identificação e análise das causas subjacentes.

5. Certificação de que todos entendem o trabalho: é importante dar destaque à capacidade de ensino e técnicas de exposição de matérias; os gestores devem desenvolver as suas capacidades de exposição e transmissão do trabalho aos seus subordinados para que a colaboração seja total e eficaz.

6. Rodar os Melhores Funcionários: A organização deve ter uma política de rotação que permita aos colaboradores adquirir formação; existe uma tendência para as organizações não rodarem os seus melhores colaboradores, mas, em longo prazo, existem enormes benefícios com essa rotação.

7. Uma ordem sem prazo não é uma ordem: esta regra é utilizada para assegurar que os gestores dão sempre um prazo ou calendarização aos trabalhos; os funcionários deverão ser instruídos para ignorar pedidos não acompanhados de prazos; a lógica é de que, sem um prazo estabelecido, as tarefas ficam muito mais afastadas do seu cumprimento.

8. A simulação é uma ocasião ideal para o treino: os gestores e supervisores entregam numerosos relatórios e apresentações; por exemplo, num programa de controlo de qualidade existem vários relatórios de avaliação - segundo Nemoto, os gestores devem centrar-se na simulação de relatórios e apresentações - o tempo gasto nessas simulações deve ser usado para aprender técnicas de apresentação e para explorar problemas ou para esclarecimento da mensagem.

9. A inspeção é um fracasso se a gestão de topo não agir: a ideia subjacente a este princípio é a de que a gestão deve apresentar soluções específicas sempre que um problema é detectado ou relatado; o não agir ou delegar esta tarefa (do tipo: façam o vosso melhor para resolver o problema) é ineficaz.

10. Perguntar aos subordinados "o que posso fazer por ti?": esta é uma forma de criar oportunidades para se for ouvido no topo; se os colaboradores acharem que os gestores de topo se prontificam a resolver os problemas, ficarão mais otimistas relativamente à resolução de problemas e levarão os objetivos de gestão mais a sério.