Deus não divide adoração com seus instrumentos
A arca de Deus era um cofre
sagrado, feito para ser o repositório dos Dez Mandamentos – lei que era a
representação do caráter de Deus. Esta arca era considerada a gloria e força de
Israel. O sinal da Presença Divina estava sobre ela dia e noite. Os sacerdotes
que ministravam diante dela eram sagradamente ordenados para o santo oficio.
Usavam um peitoral guarnecido de pedras preciosas de diferentes materiais, os
mesmos que compõem os doze fundamentos da cidade de Deus. Dentro das bordas
estavam os nomes das doze tribos de Israel, gravados em pedras preciosas
engastadas em ouro. Este era um riquíssimo e belo trabalho, suspenso dos ombros
dos sacerdotes, cobrindo o peito.
Á direita e á esquerda do peitoral havia duas grandes pedras, que
resplandeciam com grande brilho. Quando eram trazidos aos juízes assuntos
difíceis, que não podiam decidir, eles os encaminhavam aos sacerdotes, e estes
inquiriam a Deus, que lhes respondia. Se Ele aprovava e desejava garantir seu
êxito, uma auréola de luz e gloria repousava especialmente sobre a pedra
preciosa á direita. Se desaprovava, um vapor ou nuvem parecia cobrir a pedra
preciosa á esquerda. Quando inquiriam a Deus quanto a irem á batalha, a pedra á
direita, quando circulada de luz, significava: ide e prosperai. A pedra á
esquerda, quando sombreada pela nuvem, dizia: Não ireis, porque não haveis de
prosperar.
Quando o sumo sacerdote entrava no lugar
santíssimo uma vez por ano, ministrava diante da arca na solene presença de
Deus, ele perguntava, e Deus frequentemente lhes respondia com voz audível.
Quando o Senhor não respondia por voz, deixava que sagrados raio de luz e
gloria repousassem sobre o querubim que estava á direita da arca, em aprovação
ou favor. Se seus pedidos eram recusados, uma nuvem repousava sobre o querubim
á esquerda.
Quatro anjos celestiais sempre acompanhavam a arca de Deus em todas as
suas jornadas, para guardá-la de todo o perigo e para executar qualquer missão
requerida deles em conexão com a arca. Jesus, o Filho de Deus, seguido por
anjos celestiais, ia adiante da ara quando esta veio ao Jordão; e as águas se
abriram diante de Sua presença. Cristo e os anjos estiveram junto á arca e aos
sacerdotes no leito do rio até que todo o Israel tivesse atravessado o Jordão.
Cristo e os anjos estavam presentes no circuito da arca ao redor de Jericó e
finalmente derribaram os maciços muros da cidade e entregaram Jericó nas mãos
de Israel.
RESULTADOS DA NEGLIGENCIA DE ELI.
Quando Eli era sumo sacerdote,
elevou seus filhos ao sacerdócio. Apenas a Eli era permitido entrar uma vez por
ano no lugar santíssimo. Seus filhos ministravam á porta do tabernáculo e
oficiavam na matança dos animais e junto ao altar de sacrifícios. Continuamente
abusavam deste oficio sagrado.
Eram egoístas, ambiciosos, glutões e depravados.
Deus reprovou a Eli por sua criminosa negligencia na disciplina familiar. Eli
reprovou seus filhos mas não os conteve. Depois que foram colocados no sagrado
oficio do sacerdócio, Eli ouviu de sua conduta em defraudar os filhos de Israel
de suas ofertas, e soube de sua conduta violenta, que levava Israel ao pecado.
O Senhor fez saber o menino Samuel os juízos que traria sobre a casa de
Eli por causa de sua negligencia. “Disse o Senhor a Samuel: Eis que vou fazer
uma coisa em Israel, a qual todo o que ouvir lhe tinirão ambos os ouvidos.
Naquele dia suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito á sua
casa: começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei a sua casa para
sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram
execráveis, e ele os não repreendeu. Portanto, jurei á casa de Eli que nunca
jamais lhes será expiada a iniquidade nem com sacrifício nem com oferta de
manjares.”
As transgressões dos filhos de Eli eram tão
ousadas, tão insultantes a um Deus santo, que nenhum sacrifício podia expiar
tão obstinada transgressão. Esses sacerdotes pecadores profanaram o sacrifício
que tipificava o Filho de Deus. E por sua conduta blasfema pisavam sobre o
sangue da expiação, do qual derivava a virtude de todos os sacrifícios.
Samuel relatou a Eli as palavras
do Senhor, e disse Eli. É o Senhor; faça
o que bem Lhe aprouver. Eli sabia que Deus havia sido desonrado e compreendeu
que havia pecado. Aceitou que Deus assim punisse a sua pecaminosa negligencia.
A palavra do Senhor a Samuel, Eli a fez saber a todo o Israel. Fazendo isso,
pensava corrigir em parte sua passada negligência pecaminosa. O mal pronunciado
sobre Eli não devia demorar.
Os israelitas fizeram guerra com os filisteus e foram vencidos, e quatro
mil deles foram mortos. Os hebreus ficaram temerosos. Sabiam que se outra
nações ouvissem de sua derrota, seriam encorajadas a também fazerem guerra
contra eles. Os anciãos de Israel concluíram que este fracasso era porque a
arca de Deus não estava com eles. Mandaram buscar em Silo a arca do concerto.
Pensaram na sua passagem pelo Jordão e na fácil conquista de Jericó quando
conduziam a arca, e as sim decidiram que tudo o que era necessário era buscar a
ara e triunfariam dobre seus inimigos. Não
compreenderam que sua fortaleza estava em sua obediência a lei contida na arca,
que era uma representação da presença de Deus. Os corrompidos sacerdotes, Hofni
e Finéias, iam com a arca sagrada, transgredindo a lei de Deus. Estes pecadores
condiziam a arca para o arraial de Israel. A confiança dos homens de guerra
fora restaurada, e estavam seguros da vitória.
A ARCA É TOMADA
“Sucedeu que, vindo a arca da
aliança do Senhor ao arraial, rompeu todo o Israel em grandes brados e ressoou
a terra. Ouvindo os filisteus a voz de jubilo, disseram: Que voz de grande
jubilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a arca do Senhor era
vinda ao arraial. E se atemorizaram os filisteus e disseram: Os deuses vieram
ao arraial. E diziam mais: Ai de nós! Que tal jamais sucedeu antes. Ai de nós!
Quem nos livrará da mão destes grandiosos deuses? São os deuses que feriram aos egípcios com
toda sorte de pragas no deserto. Sede fortes, ó filisteus, portai-vos
varonilmente, para que não venhais a ser escravos dos hebreus, como eles
serviram a vós outros; portai-vos varonilmente e pelejai. Então pelejaram os
filisteus; Israel foi derrotado, e cada um fugiu para a sua tenda; foi grande a
derrota, resultando na queda de trinta mil homens de pé. Foi tomada a arca de Deus e
mortos os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias.
Os filisteus pensavam que esta arca era
o deus dos israelitas. Não sabiam que o Deus vivo, que criou o céu e a
Terra, e deu Sua lei, sobre o Sinai, mandava prosperidade e adversidade de
acordo com a obediência ou transgressão de Sua lei, contida na arca sagrada.
Houve uma grande matança em Israel. Eli
estava assentado ao pé do caminho, vigilante, com o coração ansioso de receber
noticias do exército. Estava temeroso de que a arca de Deus fosse tomada e
poluída pela hoste de filisteus. Um mensageiro do exercito correu a Silo e informou a Eli que seus dois filhos tinham
sido mortos. Suportou isso com certo grau de calma, pos tinha razões para o
esperar. Quando, porém, o mensageiro acrescentou: A arca de Deus foi tomada,
Eli cambaleou de angustia sobre sua cadeira, caiu para trás e morreu. Ele
partilhou da ira de Deus que viera sobre seus filhos. Era culpado em grande
medida de suas transgressão porque criminosamente negligenciara reprimi-los.
A captura da arca de Deus pelos filisteus foi considerada a maior calamidade
que podia acontecer a Israel. A esposa de Finéias, prestes a morrer,chamou a
seu filho Icabode, dizendo: Foi-se a gloria de Israel, pois foi tomada a arca
de Deus.
NA TERRA DOS FILISTEUS
Deus permitiu que Sua arca fosse
tomada pelos inimigos, para mostrar a Israel quão vão era confiar na arca, o
símbolo de Sua presença, enquanto estavam profanando os mandamentos contidos na arca. Deus queria trazelos
de volta para a verdadeira adoração que pertencia ao dono da Arca e não há Arca
em sí.
Não estariamos nós hoje, em
semelhança do antigo Israe?l rendendo Adoração aos objetos sagrados; Lideres
Religiosos, Nomes de Igrejas ao inves do Deus que os consagrou?