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sexta-feira, 20 de abril de 2018

João | Capítulo 17

João 17 é comummente conhecido como a Oração sacerdotal. Com tudo poderíamos chama-lá também de: "A oração da unidade". 

Segundo Hendriksen, “os capítulos 14, 15, 16 e 17 têm, cada um, um tema central […]. Mesmo assim, num estudo mais detalhado, fica claro que uma conexão orgânica e lógica percorre todos estes capítulos: a nota predominante do capítulo 14 é de conforto (‘Que o coração de vocês não fique mais perturbado’); do capítulo 15 é de admoestação (‘permaneçam em mim… amem uns aos outros… também testemunhem’); e do capítulo 16, de profecia (‘Eles os expulsarão das sinagogas’), enquanto o capítulo 17 contém a Oração Sacerdotal, famosa por sua simplicidade e ternura”.

Como na oração do Pai Nosso (Mt 6.9), Jesus começa falando de glorificação, a dEle e a do Pai. (v.1).

Em seguida Ele fala sobre o que é necessário conhecer para receber a vida eterna: "O único Deus verdadeiro, e a Ele (Jesus)". (v.3)

Apresenta sua satisfação por aqueles que nEle passaram a Crer (v. 7,8)

Então pede para que os que nEle creem possam desfrutar da mesma unidade vivida pela Trindade. (v.11,21)

Reafirma as lutas que serem passada por esses cristãos, e na mesma declaração ratifica a promessa de João 16.33: "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". (v.15)

Corrobora em sua oração o elemento essencial a verdadeira santificação: A Palavra. (v.17)

E no verso 20 encontramos o momento em que Jesus estende sua oração não apenas aos cristãos daqueles dias. Mais ele orar por você: "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim". (grifos nosso)

Para concluir nossa analise desse capítulo/oração gostaríamos de considerar o tema da perfeição. Um assunto que preocupa tantas pessoas, afinal chega a ser um mandamento de acordo com Mateus 5.48: "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus". Segundo o Dr. LaRondelle a ideia bíblica de perfeição está associada ao desempenho máximo de que alguém é capaz de chegar, o que então não nos permite esperar o mesmo desempenho de todas as pessoas.

Em contra partida no livro o Desejado de Todas as Nações, chegamos a seguinte conclusão: o que se espera do cristão é que seja perfeito como Deus no que diz respeito ao uso do amor. E somente amanando é que podemos desfrutar de uma verdadeira unidade, para chegarmos então ao devido aperfeiçoamento.

Quando alcançarmos esse patamar da maturidade cristã penso que Deus poderá atender ao último pedido de Jesus nessa oração: "Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo".(v.24)

Você gostaria de ser a resposta do Pai a oração do Filho? Se sim então, promova a unidade em amor hoje, entre as pessoas e ambientes que você tem alguma influência ou oportunidade.

Reynan Matos
Teólogo

Comentário Adicionais

Pr. Ronaldo de Oliveira

A importância da Oração, ela não é um botão onde você aperta e recebe o que deseja. Ela é a forma como dois amigos espirituais tem para se falar.

E muitos se questionam quanto a necessidade de orar se Deus sabe tudo. Não falar com o outro porque ele já sabe o que sentimos ou desejamos é o mesmo de dizer a uma mulher que ela não precisa após trianta anos de casada ouvir mais "Eu Te Amo" por parte do marido e vice versa. 

Oremos e oremos sem cessar disse Paulo.

Rosana Garcia Barros

Pr. Heber Toth Armí.

Jesus era um Deus de oração para que, ao olharmos para Seu exemplo, sejamos homens e mulheres de oração. D. A. Carson sugere o seguinte esboço para o capítulo da oração de Jesus:

1. Jesus ora por Sua glorificação (vs. 1-5);

2. Jesus ora por Seus discípulos:

a) Base de Jesus para esta oração (vs. 6-11a);

b) Jesus ora para que Seus discípulos sejam protegidos (vs. 11b-16);

c) Jesus ora para que Seus discípulos sejam santificados (vs. 17-19).

3. Jesus ora por aqueles que creem (vs. 20-23);

4. Jesus ora para que todos os crentes sejam aperfeiçoados para poder ver a glória de Jesus (vs. 24-26).

“A oração inteira é uma bela ilustração de intercessão de nosso amado Senhor à mão direita de Deus. Nenhuma palavra contra Seu povo; nenhuma referência às suas falhas ou deficiências… Não. Ele só fala deles segundo o propósito do Pai, como em associação com Ele, e como os recipientes da plenitude que Ele trouxe do céu para conferir a eles… Todas as petições em particular a favor do Seu povo se referem às coisas espirituais: Todas têm referência às bênçãos celestiais. O Senhor não pede riquezas para eles, nem honras, nem influência mundial, ou grandes propriedades, mas ora mui sinceramente que sejam guardados do mal, separados do mundo, qualificados para as obrigações e elevados em segurança ao lar celestial. Prosperidade da alma é a melhor prosperidade; é o índice da verdadeira prosperidade” (Marcos Rainsford).

Lori Engel
Capelã, EUA

“Eu quero que eles estejam comigo e vejam a Minha glória.” (v.24) "Estar presente requer intimidade. E intimidade requer presença".