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quinta-feira, 30 de abril de 2015

O Dono do Mundo

 Noé foi chamado por Deus (Genesis 7:5) num momento muito peculiar da história do planeta terra. As pessoas haviam se afastado tanto de Deus que cometiam certas atrocidades.
Naquela época se um antediluviano gostasse da casa do seu vizinho, matava o seu vizinho e tomava a casa do seu vizinho para si. Parecido com o que acontece hoje quando alguém está andando pela rua e um indivíduo vem e toma o seu celular, sua carteira e ainda lhe ameaça tirar a vida. Alguns se afastaram tanto de Deus que perderam o censo do que é certo e errado. Grande parte dos seres humanos entrou numa decadência moral sem precedentes. Mas ainda bem que existem no mundo homens e mulheres como Noé.
Numa passagem de Mateus (24.32-44) questionado pelos discípulos sobre quando sucederiam aqueles eventos relacionados à Sua volta a esse planeta, Jesus afirmou que o dia e hora ninguém saberia, nem ele mesmo naquele momento, mas que seria como nos dias de Noé e ele continuou: “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem... Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis”. Cristo cita um fato interessante que acontecia com os antediluvianos na época de Noé.
Os antediluvianos tinha o costume de fazer festas que duravam vários dias. Nestas festas eles comiam e quando enchiam seus estômagos, iam a um lugar chamado vomitório e regurgitavam toda aquela comida e bebida, depois voltavam para a festa novamente e continuavam a comer, beber e regurgitar. Isso por vários dias. Por isso Cristo faz esta citação acima a respeito do povo antediluviano. Haviam se afastado tanto de Deus que faziam coisas absurdas. Destoando a moral e razão humana. Muitos males afligem a humanidade devido ao afastamento de Deus. São cônjuges se traindo, pais e filhos uns contra os outros, pessoas que se distanciaram tanto de Deus que se afundam moralmente, e suas vidas estão fadadas ao fracasso.
É nessa realidade moral do mundo que Deus chama Noé. E a respeito dele Moisés o escritor de Gênesis (7.5) diz: “E tudo fez Noé, segundo o Senhor lhe ordenara”. Após 120 anos Noé tinha apenas uma arca, alguns animais, sua família e a confiança na palavra de Deus. Repare que o próprio Cristo (Mt 24.39) diz que ao entrarem os animais na arca, os antediluvianos não os perceberam. Na verdade estavam tão distantes da presença de Deus que não perceberam algo sobrenatural acontecendo (animais entrando de dois em dois numa arca). Por isso a necessidade que temos de estarmos assim como Noé na presença de Deus. Preparando-se não construindo uma arca, mas orando, meditando nas escrituras sagradas, etc. Bem mais simples não é! E assim também como Noé anunciou sobre o dilúvio, anunciarmos também a breve volta de Cristo a essa terra.
Entram na arca os animais, Noé e sua família. Uma semana depois começou a chover. Todos aqueles que não confiaram na palavra de Deus pereceram. Apenas os que depositaram completamente a sua confiança no Senhor e o fizeram entrando na arca, sobreviveram.
Após as águas do dilúvio se secarem, a arca pousa sobre um monte. O Anjo do Senhor abre a porta da arca e saem os animais, Noé e sua família. E agora um homem que tinha apenas uma arca, alguns animais, sua família e a confiança no poder de Deus, tornou-se o dono do mundo.
É isso que Deus quer fazer nas nossas vidas! Dar-nos não apenas a salvação de um dilúvio como para Noé, mas dar-nos a salvação eterna. Dar-nos não uma terra ainda corrompida pelo pecado como deu a Noé, mas uma terra perfeita e livre de uma vez por todas do pecado. Onde não haverá mais morte, nem pranto nem dor (Ap 21.4).
Através de Noé, Deus estendeu a salvação, ao abrir a porta da arca para os antediluvianos. Assim também Cristo na cruz do calvário abriu definitivamente a salvação para toda a humanidade.
A vida de Noé nos mostra como é possível vivermos num mundo corrompido sem nos corromper.   



Roberto Alves
Graduando de Teologia pelo SALT e
Jornalismo pela UFBA