Noé
foi chamado por Deus (Genesis 7:5) num momento muito peculiar da história do planeta terra.
As pessoas haviam se afastado tanto de Deus que cometiam certas atrocidades.
Naquela
época se um antediluviano gostasse da casa do seu vizinho, matava o seu vizinho
e tomava a casa do seu vizinho para si. Parecido com o que acontece hoje quando
alguém está andando pela rua e um indivíduo vem e toma o seu celular, sua
carteira e ainda lhe ameaça tirar a vida. Alguns se afastaram tanto de Deus que
perderam o censo do que é certo e errado. Grande parte dos seres humanos entrou
numa decadência moral sem precedentes. Mas ainda bem que existem no mundo
homens e mulheres como Noé.
Numa
passagem de Mateus (24.32-44) questionado pelos discípulos sobre quando
sucederiam aqueles eventos relacionados à Sua volta a esse planeta, Jesus afirmou
que o dia e hora ninguém saberia, nem ele mesmo naquele momento, mas que seria
como nos dias de Noé e ele continuou: “Porquanto, assim como, nos dias
anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao
dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os
levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem... Por isso, estai
vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não
penseis”. Cristo cita um fato interessante que acontecia com os antediluvianos
na época de Noé.
Os
antediluvianos tinha o costume de fazer festas que duravam vários dias. Nestas
festas eles comiam e quando enchiam seus estômagos, iam a um lugar chamado
vomitório e regurgitavam toda aquela comida e bebida, depois voltavam para a
festa novamente e continuavam a comer, beber e regurgitar. Isso por vários
dias. Por isso Cristo faz esta citação acima a respeito do povo antediluviano.
Haviam se afastado tanto de Deus que faziam coisas absurdas.
Destoando a moral e razão humana. Muitos
males afligem a humanidade devido ao afastamento
de Deus. São cônjuges se
traindo, pais e filhos uns contra os outros, pessoas que se distanciaram tanto de Deus que se afundam
moralmente, e suas vidas estão fadadas ao fracasso.
É
nessa realidade moral do mundo que Deus chama Noé. E a respeito dele Moisés o escritor de Gênesis
(7.5) diz: “E tudo fez Noé, segundo o Senhor lhe ordenara”. Após 120 anos Noé
tinha apenas uma arca, alguns animais, sua família e a confiança na palavra de
Deus. Repare que o próprio Cristo (Mt 24.39) diz que ao entrarem os animais na
arca, os antediluvianos não os perceberam.
Na verdade estavam tão distantes da presença de
Deus que não perceberam algo
sobrenatural acontecendo (animais entrando de dois em dois numa arca). Por isso
a necessidade que temos de estarmos assim como Noé na presença de Deus.
Preparando-se não construindo uma arca, mas orando, meditando nas escrituras
sagradas, etc. Bem mais
simples não é! E assim também como Noé anunciou sobre o dilúvio, anunciarmos
também a breve volta de Cristo a essa terra.
Entram
na arca os animais, Noé e sua família. Uma semana depois começou a chover.
Todos aqueles que não confiaram na palavra de Deus pereceram. Apenas os que
depositaram completamente a sua confiança no Senhor e o fizeram entrando na
arca, sobreviveram.
Após
as águas do dilúvio se secarem, a arca pousa sobre um monte. O Anjo do Senhor
abre a porta da arca e saem os animais, Noé e sua família. E agora um homem que tinha apenas uma arca, alguns
animais, sua família e a confiança no poder de Deus, tornou-se o dono do mundo.
É
isso que Deus quer fazer nas nossas vidas! Dar-nos não apenas a salvação de um dilúvio
como para Noé, mas dar-nos a salvação eterna. Dar-nos não uma terra ainda
corrompida pelo pecado como deu a Noé, mas uma terra perfeita e livre de uma
vez por todas do pecado. Onde não haverá mais morte, nem pranto nem dor (Ap
21.4).
Através
de Noé, Deus estendeu a salvação, ao abrir a porta da arca para os
antediluvianos. Assim também Cristo na cruz do calvário abriu definitivamente a
salvação para toda a humanidade.
A vida de Noé nos mostra como é possível
vivermos num mundo corrompido sem nos corromper.
Roberto Alves
Graduando
de Teologia pelo SALT e
Jornalismo
pela UFBA