Dois detalhes antes de você começar sua leitura:
1. Esse artigo se destina apenas aos cristãos
2. Só é para ler até ao final os cristãos que estão
comprometidos com o seu Cristo
Tempos Perigosos
O mundo
incrédulo logo terá algo para pensar além de vestuário e aparência; e quando
sua mente for tirada dessas coisas pela angústia e perplexidade, não terão para
onde se voltar. Eles não são “prisioneiros de esperança” (Zacarias
9:12 e), portanto, não se voltam para a
Fortaleza. Seu coração definhará pela queixa e temor. Não fizeram de Deus
seu refúgio, e Ele não lhes será o consolador, mas Se rirá de sua calamidade e
zombará quando o temor lhes sobrevier. Provérbios 1:26. Menosprezaram e pisotearam as verdades da Palavra de Deus. Concordaram com vestuário
extravagante e gastaram a
vida em divertimentos e prazeres. “Semearam ventos e colherão tormentas.” Oséias
8:7. No tempo de angústia e perplexidade das nações, haverá muitos que não
se entregaram inteiramente às influências corruptoras do mundo e ao serviço de Satanás, os quais se humilharão perante Deus, e a Ele se
volverão de todo o coração, e serão aceitos e perdoados.
Aqueles entre os cristãos que têm estado indispostos a fazer algum
sacrifício, mas se renderam à influência do mundo, serão
testados e provados. A genuinidade de sua fé será provada. Professam estar
aguardando a vinda do Filho do homem, todavia, alguns deles têm sido um infeliz exemplo aos
descrentes. Não estão dispostos a abandonar o
mundo, mas com eles se unem. Têm participado de atividades onde os prazeres
carnais são estimulados, alegando que estão envolvidos com divertimentos
inocentes. O que vejo é que são justamente tais transigências que os têm
separado de Deus, e os tornado filhos do mundo. Deus não considera o amante de prazeres como Seu seguidor. Ele não nos deu tal exemplo. Somente aqueles que se negam a si mesmos
e vivem com sobriedade, humildade e santidade, são os verdadeiros seguidores de
Jesus. E esses não podem envolver-se em inútil e vazia conversação com os
amantes do mundo.
Não seria
uma posição extremista acreditar que a atual forma de se vestir das cristãs,
com roupas (calça ou saias) extremamente justas e altamente sensual de forma a
modelar o corpo são uma abominação, e a influência de todo cristão deve ser uma
repreensão a esta moda ridícula, que têm sido uma mostra do pecado que
regularmente tem acompanhado o mundo da moda. E não é difícil encontrar homens e mulheres que menosprezarão a
instrução, mesmo que ela venha do Céu. Inventarão
alguma desculpa para evitar o testemunho direto, e em desafio de toda a luz
dada usarão roupas que em nada indicaram que seus usuários estão de acordo com
um padrão mais elevado que a moda terrena.
Foi-me
apresentada a profecia de Isaías 3 como
se aplicando a estes últimos dias; e suas reprovações são feitas às filhas de
Sião que só pensam em aparência e exibição. Leia o verso 25: “Teus varões
cairão à espada, e teus valentes, na peleja.” Isaías
3:25. Vi que essa escritura será
estritamente cumprida. Rapazes e moças professando ser cristãos, todavia sem
nenhuma experiência cristã e não tendo suportado nenhum fardo e nem sentindo
qualquer responsabilidade individual, serão provados. Eles serão humilhados e
almejarão uma experiência nas coisas de Deus que não obtiveram antes.
O
poder do Exemplo
É essa mescla com o
mundo que destrói nossa espiritualidade, pureza e zelo. O poder de Satanás é
constantemente exercido para entorpecer as sensibilidades do povo de Deus, a
fim de que a consciência não seja sensível ao erro, e os sinais distintivos
entre eles e o mundo sejam eliminados.
A esquisitice e o descuido no vestuário têm sido
considerados por alguns especial virtude. Só não consigo enxergar a onde
se encontra a virtude de um marido ou dos pais que permitem que sua
esposa/filha se vista de forma que está se torna um objeto de cobiça de outras
pessoas. Será que a virtude consiste em que enquanto os outros a têm na mente
não a podem possuir fisicamente? Se está for a virtude esses professos cristãos
não têm levado as declarações do próprio Senhor Jesus Cristo que advertiu
contra os pecados que são praticados na mente, sobre os quais são registrados
nos livros para serem levados em consideração no dia do juízo.
Conquanto as intruções tenham reprovado o orgulho e a imitação das modas do mundo, também têm censurado aqueles que são
descuidosos acerca de sua aparência e faltos de asseio pessoal e no vestuário.
Nossa fé, se colocada
em prática, nos conduzirá a sermos modestos no vestir e zelosos de boas obras,
para podermos ser distinguidos como peculiares. Mas quando perdemos o
gosto pela ordem e asseio no vestir, virtualmente deixamos a verdade, pois ela nunca degrada, mas eleva. Os
descrentes observam os cristãos como desprezíveis, e quando as pessoas são
negligentes em seu vestuário, ásperos e rudes em suas maneiras, sua influência
fortalece os incrédulos em suas conclusões.
Quando damos um
testemunho contra o orgulho e a adoção de modas mundanas, enfrentamos desculpas
e autojustificativas. Alguns insistem no exemplo de outros. Os cristãos de tal igreja usam;
se é errado para mim usá-las, também o é para eles. Os filhos seguem o exemplo
de outras crianças, cujos pais são cristãos. O irmão A é um líder da igreja.
Suas filhas usam tais roupas. Por que não posso usá-las, e elas podem? Aqueles
que por seu exemplo fornecem aos não-consagrados, argumentos contra os que
querem ser peculiares, estão sendo pedras de tropeço no caminho dos fracos.
Esses darão contas a Deus por seu exemplo. Sou frequentemente interrogada: “O
que a senhora pensa sobre as novas formas de se vestir?” Respondo que já lhes
mostrei a luz que me foi dada a esse respeito. Não é difícil para qualquer que
se julgue cristão que Deus se envergonha, e que não deveríamos dar a menor
aprovação a uma moda levada a tamanho ridículo. Em que nossas meninas
têm se exposto quer seja por transparência, por tamanho, e pela imobilidade
causada pelos trajes que estão a usar.
Mas o povo de Deus
tem por tanto tempo sido conduzido pelas invencionices e modas do mundo, que
não está disposto a agir independentemente delas.
Está aumentando a distância
entre Cristo e Seu povo, e diminuindo entre eles e o mundo. Os sinais
distintivos entre o professo povo de Cristo e o mundo quase que desapareceram. Como o Israel de
outrora, seguem as abominações das nações que os cercam.
O povo de Deus erra quando as aprova e adota,
mesmo no mínimo que seja o estilho do mundo quer seja no comer, beber se
entreter e vestir.
“Ó, modéstia, onde está
o teu pudor!” Tenho visto muitas mulheres em transportes públicos. E quando tentam
avançar, as roupas têm lhes levado a tomar uma forma indecente. A exposição das
formas é dez vezes maior naquelas que usam saias, do que naquelas que não as
usam. Se não fosse pela moda, aquelas que tão imodestamente se expõem não seriam advertidos. Mas a modéstia e a decência precisam ser sacrificadas à deusa
da moda. Que o Senhor livre Seu povo desse repugnante pecado! Deus não terá piedade daqueles que são escravos da moda. Supor, porém, que há
uma pequena conveniência no uso de tais vestes, prova que elas devem ser
usadas? Mude-se a moda e a conveniência não mais será mencionada. É dever de
cada filho de Deus perguntar: “Em que estou me
separando do mundo?” Suportemos as pequenas desvantagens e estaremos do lado certo. Que cruzes o povo de Deus carrega? Ele se mistura com o
mundo, participa de seu espírito, veste-se, fala e age como ele.
O povo de Deus deve
ser governado por princípios mais elevados que os mundanos, que procuram pautar
toda a sua conduta segundo a moda.
Grande é o poder do exemplo.
Fonte:
TM Vol I p. 275-279,395
Reynan Matos
Estudante de Teologia
SALT