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sábado, 28 de abril de 2018

Atos | Capítulo 4

Quase dois meses se passaram e quem aparece de novo em cena, a fim de impedir o estabelecimento e a expansão do Reino de Deus? A dupla Anás e Caifás, acompanhado de outros da classe ministerial. (v.6)

É triste observarmos que em uma certa regularidade aqueles que foram chamados para cuidarem do povo de Deus, se apropriaram do povo como se fossem deles. (v.6)

E quando isso acontece Deus não tem outra opção se não levantar outros representantes. Se antes estávamos obituadas a um Pedro cheio de si, agora nos maravilhamos com um Pedro cheio do Espírito Santo. (v. 8)

O tema da autoridade, é um assunto que sempre esteve em vigência na humanidade. Quem a possui? até onde se limita? Em qualquer esfera da sociedade, religiosa, nacional, trabalhista, e familiar. E naquele dia não era diferente, com a autoridade de quem faziam o que faziam. (v.7-10)

E a doce resposta de Pedro é, em nome de Jesus (v.10). A resposta de Pedro cabe uma seria reflexão por parte daqueles que se dizem cristãos. Ao olhar tudo que temos realizado, podemos assegurar que o fazemos em nome de Jesus, é de fato isso que Deus espera que nós realizemos? Alguns não fazem nada, outros só fazem o que tem retorno transitório, estão sempre muito ocupados, porém a ocupação nunca tem relação com aquilo que é espiritual. E ainda tem aqueles que são as Pedras, não pedras para edificação e sim verdadeiras pedras de tropeço. É imprescindível que o cristianismo dos últimos dias se certifique que a obra que estão realizado esteja devidamente respaldada pelo nome de Jesus.

Sobre Pedra, Pedro fala de uma que é rejeitada, de acordo com Salmos 118.22; Isaías 28.16. Cristo é essa Pedra. Quando lemos a narrativa bíblica ficamos transtornados com essas autoridades, mais já uns 70 anos atrás um teólogo alemão chamado Dietrich Bonhoeffer falava sobre a existência de um Cristianismo sem Cristo. E se alguém acha essa ideia absurda é só atentar as ênfase que são encontradas nos púlpitos das igrejas, afinal a Bíblia diz que a boca fala daquilo que o coração
 está cheio (Mateus 12.34). Nas igrejas onde não se prega o dinheiro, se prega a cura, e onde não se prega nem um nem outro, se prega um cardápio, ou um estilo de vida como um todo. Porém Cristo em sua essência quase nada se conhece. A não ser o fato dEle ter morrido na cruz. (v.11)

Citamos regularmente aos outros Atos 4.12, onde na realidade deveríamos primeiro nos apropriar desse texto para nós mesmos. "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos". Como dizia Bernardo de Claraval apenas sobre a pronúncia do nome de Jesus é: “mel para os lábios, cântico para os ouvidos, júbilo para o coração”.

Logo na sequência nos deparamos com o verso mais incomodo aos que se julgam cristãos nos dias de hoje, Atos 4.13, onde os apóstolos são reconhecidos como alguém que havia estado com Jesus. Quando nós voltamos da igreja, no caminho o senhor da banca de revista, ou do mercado, já sabe de onde estamos vindo porque a nossa roupa diz de onde estamos vindo. Mais quando as pessoas convivem conosco, elas percebem que antes de estar com elas, nos estivemos com Cristo?

Amigos, naquele dia os homens tinham um desejo para os discípulos de Jesus, e eles tinham muitos títulos para respaldar suas opiniões, mais permita lhe explicar um detalhe sobre conhecimento. O que salva não é o conhecimento sobre Deus e sim o relacionamento que você mantem com Ele. porque por conhecer o inferno está cheio, olha o que está escrito em Tiago 2.19: "Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o creem, e estremecem".  Não sejam permanentemente imaturos espirituais, não sigas a ninguém, se você pode seguir diretamente a Deus (v. 19)

Em fim, depois de textos tão estarrecedores, nos deparamos com a razão de ser da vida cristã congregacional (v.24): Unidade e Adoração.

No verso 29, encontramos um pedido de oração da igreja primitiva que também é coerente a igreja pós-moderna: Autoridade para pregar a Palavra.

Quando isso acontecer o resultado não será outro se não o daquele dia: "E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus". (v.31, grifos nosso)

O que significa estar cheio do Espírito Santo? o verso 33 responde: Transbordar em Graça.

Embora Barnabé queira dizer: "filho da exortação" (v.36), ele é conhecido como o discípulo da generosidade (v.37).

E você, gostaria de hoje, poder ser reconhecido como alguém que vive com Cristo? Que se encontra cheio do Espírito Santo, e a Graça de Deus é algo que transborda em sua vida e isso é notório em sua generosidade?

Reynan Matos
Teólogo

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