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domingo, 2 de dezembro de 2018

Êxodo | Capítulo 1

Como traz o comentário na Bíblia Shedd: "O capítulo mostra a prosperidade que Deus sempre quer dar ao seu povo, e a desgraça que o mundo está sempre prestes a infligir". 

A primeira vez fora contra Isaque por parte dos Filisteu que invejaram a prosperidade do mesmo. (Gen 26.13,14,16). Este é um quadro muito diferente do desfrutado por alguns pretensos cristãos. Que ao invés de serem invejados, são invejosos pela aparente prosperidade que os cerca.  

V. 5

A ênfase nos 70 descendentes de Jacó é para manter viva no entre os filhos de Deus a segurança do mesmo nas promessas de Deus, que disse que de Abraão viria uma grande nação.

V. 7

E o mesmo se dá não apenas com as promessas feitas a Abraão como a todos os seus filhos ao longo das eras

V. 8

Contexto histórico: "pode-se supor que José tenha vivido durante o domínio dos hicsos no Egito (ver com. de Gn 39:1; também p. 170-ss; 522, 523). Portanto, os reis da 18ª dinastia, que libertaram o Egito dos hicsos, foram os faraós da opressão. Os hicsos eram asiáticos assim como os hebreus e, embora tivessem adotado costumes egípcios, foram amigáveis com José e sua família. A expulsão dos hicsos, porém, suscitou um novo espírito nacionalista e todos os estrangeiros foram vistos com suspeita, principalmente aqueles favorecidos pelos hicsos. A contribuição feita por José para o bem-estar do povo foi esquecida, principalmente porque ele era asiático e também ministro de um rei estrangeiro. A geração que havia experimentado os sete anos de fome tinha morrido, e os descendentes dos filhos de Jacó foram confrontados com uma situação totalmente nova: uma população egípcia nativa e uma dinastia que odiava os israelitas". (CBASD, v. 1, p. 526)

Não importa quanto os homens se esforcem afim de eternizar seus nomes, em algum momento em menor ou maior escala seu nome haverá de ser esquecido. E com José não foi diferente. (v. 8) E por está razão deveríamos sempre trabalhar, com o intuito de engradecer o nome de Deus, porque esse sim, não precisa de nenhum esforço para permanecer pela eternidade, até mesmo porque, foi Ele mesmo quem a criou.

V. 12

O sofrimento imposto aos Israelitas, que tinha o intenção de torna-los menor, era justamente o fermento que necessitavam para crescer exponencialmente. (v. 12) O mesmo ocorreu com a igreja primitiva, quer perseguidos pelo sinédrio, ou por imperadores como Nero. Ou seja, "a graça de Deus para com seu povo sempre supera as tentativas de destruição feitas contra seus escolhidos". (SHEDD, v. 12) 

Ao longo da história em que o povo de Deus fora perseguido, nunca as forças inimigas, foram suficiente para minar, sua força. Contudo, o mesmo não pode ser dito em nossos dias, e a mudança para o cenário atual reside em:

1. O inimigo não está mais tão feroz como no passado.
2. O povo de Deus não está causando mais tanto incomodo as fileiras do maligno como o fazia antigamente. 

V. 14

"a vida dos hebreus certamente foi amarga. Trabalhar sob o sol forte do Egito, sem sombra e pouca brisa, do amanhecer ao anoitecer, e com os pés na água (Dt 11:10) deve ser uma experiência extremamente exaustiva". (CBASD, v. 1, p. 528)

Razão da amargura de Vida, imposta sobre os Israelitas, era resultante do seu inimigo e não de seu Deus. Embora eles desejassem se ver livre do opressor, pareciam haver esquecido, aonde residia a solução do seu problema. (v. 14) Eu não sei se a semelhança do povo de Deus no passado você tem alguém que tem tornado sua vida mais amarga do que ela precisaria ser, mais se for essa a sua situação, não ignore o Deus da Eternidade que está pronto a intervir em seu benefício. 

V. 15

"A segunda tentativa do faraó em controlar o aumento dos hebreus não foi velada. Da opressão cruel ele passou ao assassinato". (CBASD, v. 1, p. 528)

v. 17

Encontramos então nesse cenário desolador esperança por meio de duas mulheres cuja preocupa residia em se submeter a Deus, ainda que a risco da própria vida. (v. 17) Não é sem propósito que o nome de uma significa "beleza" e "esplendor". Sifrá e Puá. 

Apesar dos mandamentos não está sistematizado de forma ordenada elas sabiam que: "Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu" (Gn 9:6).

Elas então ignoram a ordem do rei tirano, se mantendo fiel a vontade de Deus tal como fora reafirmado em Atos 4.19;5.29

V. 20-22

E como resultado de seu temor Deus lhes fez o bem ainda nesta vida. (v. 20,21) Ao mesmo tempo elas nos deixam uma grande lição: "uma atitude corajosa pode desmascarar as obras do Maligno". (SHEDD, v. 22)

"O temor ao homem torna a pessoa vítima das circunstâncias, mas o temor a Deus traz alívio em meio ao tumulto e paz em face do perigo mortal". (CBASD, v. 1, p. 529)

Reynan Matos
Teólogo

Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia

V. 9

"Mais numeroso e mais forte. É provável que o faraó estivesse exagerando, uma vez que o Egito era uma grande nação. É o tipo de exagero que pessoas sem princípios usam para justificar uma atitude extrema e infundada". (CBASD, v. 1, p. 527)

V. 11

Curiosidade: "Na Antiguidade, a riqueza nacional era armazenada em templos, supostamente sob a guarda dos deuses". (CBASD, v. 1, p. 527)

V. 15

Curiosidade: "E Ramessés. Esta cidade foi identificada por Flinders Petrie com o Tell el-Retabeh, em Wadi Tumila, cerca de 12 km a oeste do Tell el-Maskhuta. No entanto, outros eruditos identificam "Ramessés" com Tânis, a Zoã bíblica (Nm 13:22), chamada antigamente de Avaris, capital dos hicsos. Anos depois da expulsão desse povo do Egito, Ramsés li ampliou e embelezou a cidade e lhe deu seu nome. Contudo, Ramsés II não poderia ter sido  o faraó da opressão. A cronologia bíblica do período desde o êxodo até a monarquia de Israel requer uma data do século 15 para o êxodo (ver IRs 6:1), que ocorreu, portanto, dois séculos antes do reinado de Ramsés 11. O nome da cidade-celeiro "Ramessés" deve ser entendido como a modernização de um nome mais antigo. Outro exemplo dessa prática ocorre em Gênesis 47:11 , em que a terra de Gósen é chamada "a terra de Ramessés". Ninguém afirmaria que a chegada de Jacó ao Egito aconteceu sob o reinado de Ramsés II. Portanto, o antigo nome da região chamada "Ramessés", em Gênesis 47:11, parece ter sido modificado por um mais moderno (ver com. de Gn 47:11). Também a antiga cidade de Laís é chamada Dã, em Gênesis 14:14, embora tenha recebido esse nome muitos séculos depois de Abraão e Moisés terem morrido. A explicação mais razoável para a modernização de nomes de cidades no relato de tempos antigos é a de que copistas posteriores mudaram esses nomes antigos e obsoletos por outros mais modernos, numa tentativa de esclarecer as narrativas para gerações futuras". (CBASD, v. 1, p. 528) 

V. 19

Curiosidade: "As mulheres hebreias. As mulheres hebreias trabalhavam no campo com os homens. Visto que estavam acostumadas ao trabalho pesado ao ar livre, é provável que o parto fosse relativamente fácil para elas. As mulheres árabes, etnicamente aparentadas com as hebreias, se dedicam a tarefas pesadas e necessitam de pouca ajuda no parto. Isso explica a credibilidade da desculpa que as parteiras deram ao faraó. Não há evidências de que a história que contaram tenha sido questionada". (CBASD, v. 1, p. 529)

v. 22

"Era comum massacrar prisioneiros de guerra, aniquilar populações inteiras e sacrificar aos deuses filhos indesejados". (CBASD, v. 1, p. 530)