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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Êxodo | Capítulo 2

Um bebê formoso (v. 2), uma mãe cautelosa (v. 2), uma egípcia amorosa (v. 6) uma menina proativa (v. 7).

E de repente um menino que estava condenado a morte, se tornaria príncipe. E uma mãe que perderia o filho passou a receber um salário para amamentá-lo (v. 9)

Como é ilimitada a atuação da Graça Divina, fazendo com que os mais desprezados sejam servidos pelos mais poderosos. (SHEDD, v. 6) 

"A mulher tomou o menino. É significativo Joquebede não ser chamada "mãe" de Moisés, mas simplesmente "a mulher". Parece que nem por ato ou palavra ela traiu seus reais sentimentos, também não revelou sua verdadeira relação para com a criança. É difícil de expressar o domínio próprio exigido nessa hora. Ela tomou a criança como uma estranha o teria feito, embora no seu coração houvesse alegria e satisfação. Se ela tivesse se descuidado por um instante, a emoção poderia ter revelado seu propósito. Tudo dependia de ela permanecer calma sob as circunstâncias mais difíceis - e o amor suporta tudo. O fundamental em todo serviço é não depender só do intelecto, mas também do coração apoiado pelo poder sustentador de Deus". (CBASD, v. 1, p.534) 

"Ela abriu mão dele para que pudesse tê-lo, perdeu-o para que pudesse encontrá-lo novamente, submeteu-se para que pudesse vencer". (CBASD, v. 1, p. 534)

Deste modo "o futuro legislador, historiador e líder nacional, estava para receber dos inimigos de seu povo a mais elevada cultura da época, equipando-o para estas missões". (SHEDD, v. 10)

Do mesmo modo como pelas águas Noé foi salvo, o mesmo se deu com Moisés, e o mesmo continua se dando até os dias de hoje, pelas águas do batismo. 

A infância de Moisés foi suficiente para lhe dar a consciência de qual nação ele verdadeiramente fazia parte. (v. 11). 

"Durante esses primeiros anos, estabeleceu-se a base do caráter e da experiência religiosa posterior. A instrução negligenciada nesse momento não poderia ser dada mais tarde. A vida de Moisés mostra claramente que seus país usaram com sabedoria os anos que tiveram para criá-lo no caminho em que deveria andar". (CBASD, v. 1, p. 534)

"Segundo Atos 7:20, ele era "formoso aos olhos de Deus". 

"Joquebede certamente teria amado e protegido Moisés mesmo se ele não fosse tão "formoso", pois as mães, em geral, devotam seu amor mais profundo aos filhos frágeis e doentes. Porém, os esforços de Joquebede para preservar a vida de Moisés são louvados em Hebreus 11:23 como um ato de fé. Isso implica que ela estava ciente de que Deus tinha destinado a ele um papel importante. Ela iria, portanto, intervir para preservar sua vida". (CBASD, v. 1, p. 532)

Com isso "ele não se tornou um egípcio de coração. Sua aparência exterior, o modo de se vestir e de falar e o comportamento podem ter sido egípcios, mas ele permaneceu hebreu em caráter, religião e lealdade. Isto é evidente a partir dos eventos narrados em Êxodo 2:11-13 (ver Hb 11:24)". (CBASD, v. 1, p. 535)

Sobre a autoritarismo praticado pelos capataz egípcio, mostra-nos que: "A autoridade com frequêncía degenera em tirania e opressão cruel". (CBASD, v. 1, p. 536)

Você já parou para pensar que só nos preocupamos com quem está a volta, ou quem está observando quando estamos na eminência de fazer algo que é errado? (v. 12)

"Matou o egípcio. Ao ver que não havia testemunhas, ele matou o egípcio. O fato de o supervisor continuar a bater no trabalhador hebreu à medida que Moisés se aproximava mostra que altos oficiais geralmente aprovavam o abuso de autoridade da parte de seus subordinados. O que Moisés fez não tem desculpa, embora tenha sido provocado por uma indignação justa. Apesar de ser um líder militar hábil e bem quisto entre os exércitos do Egito (PP, 245), faltavam-lhe certas qualidades de liderança essenciais para o serviço na causa de Deus (PP, 247)". (CBASD, v. 1, p. 536)

Então após do ato feito, descobrimos que por mais que tenhamos nos precavidos de que sairíamos ileso do que fizemos alguém sempre está a espreita, pronto para nos pegar nas curvas da vida. (v. 14)

"A violência de um dia tornou ineficaz a gentil persuasão do dia seguinte. A influência para o bem que Moisés poderia ter exercido sobre seu povo se perdeu devido ao ato impelido por sua simpatia por eles". (CBASD, v. 1, p. 536)

Moisés se deu conta disso ao confrontar o outro sobre um mal que o mesmo estava realizando, pensando que ninguém tinha ciência do mal que ele mesmo havia praticado. (v. 13,14)

E o resultado natural quando somos confrontados com nossos erros é fugir, assim como também fez Moisés. (v. 15)

"Não há registros dos sofrimentos que Moisés passou durante a fuga, mas não é sem razão supor que foi uma experiência dura para alguém que até então conhecia apenas o luxo da vida na corte e que não era acostumado a privações". (CBASD, v. 1, p. 537)

Aos mesmo tempo, Moisés se revelará como um dos tipo mais proeminentes da pessoa de Jesus:

1. Por nascer sobre sentença de morte. (Êxo. 1.22)
2. Por ser salvo da sentença de morte pelos egípcios. (v.10)
3. Por ser repudiado pelos seus. (v.15) 

Contudo o episódio anteriormente vivido não fora suficiente para afugentar toda a sua coragem, e mais uma vez ele se ver defendendo o mais necessitado. (v. 16,17)

Jetro deixa-nos um exemplo de gratidão, que devemos para com todos que buscam nos ajudar (v. 18-20). E Moisés não desdenha da gratidão que lhe é ofertada. (v. 21)

E assim como outros pais fizeram, ele usa o ato de dar um nome ao seu filho como testemunho da clareza de sua real condição, a de que é peregrino. (v. 22) Tal consciência deveria ser uma realidade latente em cada filho do reino de Deus. 

"Um ex-príncipe do reino mais poderoso da época estava vivendo como um pastor de ovelhas. Ele trocou o palácio por uma tenda, o luxo do Egito pelo deserto do Sinai, servos e exércitos por um rebanho com ovelhas e cabras. Que mudança! Contudo, 40 anos no deserto fizeram dele o tipo de
homem que Deus poderia usar para libertar Seu povo do Egito. Durante esses anos, Moisés aprendeu lições essenciais para ser líder de uma nação de dura cerviz. As qualidades que ele desenvolveu durante os longos anos de vida no deserto, sozinho com Deus e com a natureza, foram valiosas. Compensou sofrer a solidão e humilhação. Sua história mostra que esses anos não foram perdidos, pois ele foi um estudante diligente sob a tutela de Deus e se graduou no curso com louvor". (CBASD, v. 1, p. 538)

Vemos agora então o contraste presente no fim do capítulo, em relação ao seu início. Se começo Moisés corria risco de vida, agora quem mais não vive é aquele que ameaçava a sua vida. (v. 23)

Não é de surpreender que nos dias de hoje, as pessoas sejam tão tardias para se lembrar de Deus, porque parece ser um problema que persiste desde muito cedo na história da humanidade, sobre tudo daqueles que foram chamados para ser seu povo peculiar. (v. 23)

O clamor do povo de Deus, as vezes é a única ação que Ele está aguardando para entrar com providência. (v. 24,25)

"Expressões humanas usadas para descrever as atitudes e os atos de Deus podem, às vezes, parecer indignas de um ser eterno, onisciente e onipotente. Porém, deve-se lembrar que palavras finitas transmitem, na melhor das hipóteses, uma ideia imperfeita da vontade e do modo de agir do Ser infinito". (CBASD, v. 1, p. 538)

Reynan Matos
Teólogo

Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia

V. 1

"Foi-se um homem. Como Arão era três anos mais velho que Moisés (Êx 7:7) e parece ter nascido antes de o decreto real entrar em vigor, esta expressão hebraica deveria ser traduzida por "um homem tinha ido". Portanto, o decreto deve ter sido dado na época em que Moisés estava para nascer. O casamento de seus pais provavelmente aconteceu mais de uma década antes de esse decreto ter sido dado, pois, quando Moisés nasceu, Miriã tinha idade suficiente para desempenhar a função descrita nos v. 4, 7 e 8". (CBASD, v. 1, p. 531)

"Moisés nasceu 135 anos depois da chegada de Jacó ao Egito". (CBASD, v. 1, p. 531)

V. 3

"Alguns sugerem que Joquebede sabia onde a princesa egípcia costumava ir e colocou o cesto lá, na esperança de que ela tivesse compaixão ao ver o bonito e indefeso bebê (ver PP, 243)". (CBASD, v. 1, p. 532)

V. 11

"O relato bíblico passa por alto quase 30 anos da vida de Moisés. O evento seguinte registrado é de um incidente ocorrido quando ele tinha 40 anos (At 7:23)". (CBASD, v. 1, p. 535)

V. 16

"O sacerdote de Midiã. Os midianitas eram descendentes de Abraão por meio de Quetura (Gn 25:1, 2) e podem ter continuado a adorar o Deus verdadeiro por algum tempo. Pelo menos Reuel, com quem Moisés viveu (Êx 2:16, 18, 21), era sacerdote do Deus verdadeiro (18:12, 23; ver PP, 247)". (CBASD, v. 1, p. 537) 

V. 18

"Reuel, seu pai. Reuel significa "amigo de Deus" e implica monoteísmo. Reuel era conhecido também como Jetro (Êx 3:1; etc.). Muitos outros personagens bíblicos eram conhecidos por dois nomes, como Salomão, cujo segundo nome era Jedidias (2Sm 12:24, 25)". (CBASD, v. 1, p. 537)