OS MÉTODOS
DA LIDERANÇA ECLESIÁSTICA
Vale repetir que a forma e os propósitos da
liderança eclesiástica são universais. São válidos para todas as épocas e em
todos os lugares. Não mudam. Qualquer coisa que esteja além do exposto em
Efésios 4.11-16 é acréscimo humano. Agora, temos de convir que os métodos para
que esses objetivos sejam alcançados diferem no tempo e de um lugar para outro
em razão do desenvolvimento humano. Ao lidar com métodos, temos de ter em mente
alguns princípios:
1) Métodos são humanos e não se constituem em
modelos universais
2) “Os fins não justificam os meios”
3) Métodos não podem constituir-se em
paradigmas permanentes
4) Métodos não podem sobrepor-se aos
princípios
5) Métodos não podem ser alçados à condição de
verdade absoluta
6) Métodos não podem vestir-se de “a única
visão” de Deus para a Igreja
À luz desses princípios, cabe à liderança local
encontrar os métodos que melhor se adequem à sua realidade e quebrar paradigmas
quando estes não mais oferecem condições para que os propósitos de Efésios
4.11-16 sejam alcançados. Entenda-se por quebra de paradigmas a capacidade de
pôr de lado métodos que não mais funcionam, arcaicos, desatualizados, em busca
de outros que são próprios para o momento e aquela circunstância. NÃO SE TRATA
AQUI DE MUDAR OS FUNDAMENTOS!
QUALIDADES
DO EXERCÍCIO DA LIDERANÇA ECLESIÁSTICA
Todos têm como já afirmamos acima, alguma
capacidade de liderança e exercemos algum tipo de influência. Mas nem todos têm
perfil para o exercício da liderança formal. Em se tratando da liderança
eclesiástica, aí o funil se torna mais estreito. Em primeiro lugar, descobre-se
em Efésios 4.11-16 que Deus é quem estabelece a liderança eclesiástica – não o
homem. Em segundo lugar, as qualificações de I Timóteo 3.1-7 para os líderes
exigem um elevado padrão de excelência. A sua forma de conduta tem de estar
acima da média. Tudo o que os bons livros de liderança propõem para os bons
líderes encontra-se na Bíblia. Eles apenas traduzem em linguagem contemporânea àquilo
que já está descrito na Palavra de Deus. Vejamos algumas qualificações da
liderança eclesiástica:
1) Convicção – É preciso acreditar naquilo que
prega
2) Caráter – (Diferença entre temperamento,
caráter e reputação)
3) Poder de agregação – Em sentido figurado, o
líder é um “vendedor” de ideias
4) Poder de articulação – Uma ideia só terá
funcionalidade se o grupo estiver
articulado para esse fim
5) Clareza de propósitos – “De onde eu vim, o
que eu estou fazendo aqui e para onde
eu vou”
6) Visão da coletividade – Em outras palavras,
conhecer os seus liderados
7) Capacidade de ser igual – O líder não está
acima, ele é um com os demais. A única coisa que o distingue é o fato de
ser um ponto de aglutinação. Ele não faz todas as
tarefas sozinho
8) Capacidade de ser imitado – Ele é um exemplo
para os que o cercam
9) Capacidade estratégica – As estratégias são
vitais para o exercício da liderança
9) Capacidade de ouvir – Quem pouco ouve, muito
erra
10) Capacidade de dialogar – O diálogo
esclarece e unifica a linguagem
11) Capacidade de decidir – Há tempo para todas
as coisas, inclusive para decidir.