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segunda-feira, 9 de abril de 2018

João | Capítulo 6

Temos em João 6 o primeiro dos sete "Eu Sou" de Jesus. Bem como o quarto sinal.

O presente capítulo deveria servir de grande reflexão aqueles que se junta a alguma congregação. Que motivo o trouxe ali? 

Jesus não se engana com a multidão, eles só o acompanham por causa dos milagres. (v.2,14,26)

Mesmo assim Jesus se preocupa com o bem estar da multidão. Então André se apresenta com um senso crítico, muito mas aguçado que o de Filipe. Enquanto Filipe se concentra no dinheiro como solução para aquele aparente problema, neste caso estamos nos referindo a R$ 6.000,00 se levarmos em consideração o salário mínimo de R$ 900,00 e um denário é o equivalente a um dia de trabalho, só foi isso que Felipe enxergou. André traz até Jesus o que eles tinha a disposição naquele momento. (v.7-9) 

Pouca atenção se da ao rapaz que dispôs a Jesus o que ele tinha para suas necessidades, e não vemos nenhuma resistência dele para contribuir. Ainda que fosse consciente de que sua contribuição não resolveria todo o problema. O que deixa uma lição muito grande para aqueles que esperam ter muito para poder fazer, pouco. Lhe desafio a procurar hoje alguma necessidade há sua volta, e se disponha a fazer algo por menor que seja para melhorar a situação. (v.10)

Jesus então ensina o que se deve fazer quando recebemos os recursos para resolver um problema, a despeito se o recurso suprirá toda a necessidade ou não, dar graças. (v. 11) Ele segue com o seu ensino no cuidado que devemos ter quanto ao desperdício. Esse presente em muitas festas familiares e confraternizações empresariais, ou nas igrejas. (v.12) Contudo essa já era também um prática dos Judeus recolher o que sobrava já que eles consideravam o Pão uma dádiva de Deus. Então não erraríamos em dizer que o propósito do registro é sobre tudo para demonstrar a magnitude do milagre. (HALLEY, p. 555)

O Senhor sempre esteve preocupado com a influência que a multidão poderia exercer, ou continuar exercendo sobre os seus discípulos, e por isso Ele os afastava da multidão em determinados momentos. Mas nem sempre os acompanhava, o que dava aos discípulos uma sensação de abandono. (v.17)

Temos então neste capítulo uma descrição das que poderia ser das mais linda nas Escrituras. Pessoas procurando por Jesus (v.24). E porque não é? Por que eles o procuram como acontece nos dias de hoje, pelos motivos errados (v. 26).

Ao receberem de Jesus a devida repreensão eles se perguntam, como podemos ir em busca do que não se perece? E mais uma vez o tema da crença vem a tona (v.29,35).

Além da crença João discorre sobre a importância de subjugar o "Eu" (v.38).

Jesus então faz dois pedidos que se estende até nós, sem sombra de dúvida: 

1º. "Não murmureis" (v. 43), pela insatisfação de conquistas terrenas.
2º. Se alimentem de Mim (v. 53-58). E de fato, se somos o que comemos, como dizem as capas de revistas. Como poderemos ser seguidores de Jesus, se nos alimentamos do banquete do diabo.

Sei que pode ter soado um pouco pesado a descrição acima, mais sigo influenciado pela reação dos discípulos no verso seguinte, "Duro é este discurso; quem o pode ouvir?" (v.60) E em decorrência dele muitos o abandonaram (v.66). "Embora tivesse passado muito tempo ministrando às necessidades físicas das pessoas, o verdadeiro propósito de sua vinda ao mundo era salvar almas. Quando lhes contou isso, começaram a perder o interesse. Enquanto lhe alimentava o corpo, consideravam Jesus o máximo". (Halley p. 555) Quando perceberam que tinham algo a mais que isso desistiram, isso faz até lembrar campanhas evangelísticas como projetos do "Pra Ser Feliz", "É hora de viver" e tantos outros. E nem por isso devemos desanimar, porque esse não é o fim nem da história, nem do capítulo.   

É impressionante como as pessoas se influenciam pela multidão, a tal ponto que não percebem que os descrentes também se juntam as massas, a ponto de quase sempre representar a maioria na multidão (v. 64,70).

Gostaria de encerra o capítulo de hoje com a pergunta de Jesus a seus discípulos: "Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?" (v.67). E que a sua resposta seja como a dos verdadeiros discípulos: "Senhor para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus". (v. 68,69)    

Reynan Matos
Teólogo

Comentários Adcionais

Rosana Garcia Barros

"Jesus “retirou-Se novamente, sozinho, para o monte” (v.15). A oração particular era um hábito do qual Ele não abria mão".

Pr. Heber Toth Armí

Como declarou Russel P. Sheed: “Cristãos têm uma inclinação muito maior para aceitar a Jesus do que para viver com o estilo de Jesus”.

Pr. Adolfo Suárez

"Em João 6 Jesus dá clara demostração de seu poder e sua divindade, ao multiplicar a comida, e andando sobre as águas".

Pr. Willie Oliver
Diretor Mundial do Departamento dos Ministérios da Família da IASD

"A alimentação dos 5.000 homens nos fala que Jesus pode atender a qualquer necessidade que temos, independentemente de quão grande ela seja".