Em Gênesis 1 encontramos verdades salutares:
- A poder na Palavra de Deus.
- A diferença entre as espécie não significa hierarquização de importância entre as mesmas. Ainda que essa seja a condição percebida hoje após o pecado.
- Não precisamos desespera por fazer em um curto espaço de tempo, o que será melhor realizado a longo prazo.
- A despeito do que realizemos, temos que ter coragem de avaliar o resultado do trabalho.
- O nome é importante, Deus dá nome a tudo na criação, ao homem lhe é concedido nomear os animais. José e Maria recebe instrução quanto ao nome que deve ser dado ao Salvador, e ao longo da narrativa bíblica vários personagens tem seus nomes mudados afim de ajusta a experiencia real de cada um.
A expressão "No princípio": traça "um decidido contraste entre tudo o que é humano, fugaz e finito, e aquilo que é divino, eterno e infinito". (CBADSD, v.1, p. 187)
"É privilégio do cristão desfrutar a plena certeza de que 'Aquele que começou boa obra' em nós 'há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus' (Fp 1.6). Ele é 'o Autor e Consumador da fé' (Hb 12.2). Não se pode esquecer o sublime fato implícito nestas palavras: 'No princípio [...] Deus'". (CBADSD, v.1, p. 187)
"Esse verso [Gên. 1.1] é o fundamento de todo pensamento correto com respeito ao mundo material". (CBADSD, v.1, p. 187)
"Nenhuma declaração poderia ser mais apropriada como introdução para as Escrituras Sagradas. Ela apresenta ao leitor um Ser Onipotente, que possui personalidade, vontade e propósito, e que, pelo fato de existir antes de tudo o mais e, portanto, não depender de nada, exerceu Sua vontade divina e 'criou [...] os céus e a Terra'". (CBADSD, v.1, p. 188)
Todo o edifício das Escrituras está alicerçado no relato da criação. (CBADSD, v.1, p. 188)
O que entender por "sem forma e vazia": "Mais precisamente, 'desolada e vazia', tohu wabohu". (CBADSD, v.1, p. 189)
Quando lemos, "O Espírito de Deus pairava": vemos já nas primeiras páginas da Bíblia uma manifestação da Trindade, O pai com sua palavra, o Espírito Santo, trazendo ordem a partir do caos. (CBADSD, v.1, p. 189)
Um aspecto curioso, reside na declaração "viu Deus que era bom", após o surgimento da porção seca. É curioso porque para nós, o que haveria de bom em uma planície de areia sem nada mais? Contudo Deus vislumbrava não a aparência, mas o propósito, pelo qual está por vir. (CBADSD, v.1, p. 192)
Sobre a produção da terra no v.12 temos que considerar que: "A ideia de geração espontânea é tão alheia às Escrituras como o é à ciência". (CBADSD, v.1, p. 193) Em essência "a Bíblia contradiz a teoria da evolução". (CBADSD, v.1, p. 191)
É no mínimo irônico termos Astrólogos recorrendo a Gên 1.14 para justificar suas práticas, já que "A Bíblia condena vigorosamente qualquer forma de adivinhação e leitura da sorte, que deve ser enfaticamente rechaçada a ideia de que deus designou o sol, a lua e as estrelas para servirem de guia aos astrólogos na predição do destino e dos negócios humanos". (CBADSD, v.1, p. 193) conforme temos em Jr. 10.2 e Isa. 47. 13,14.
O verso 21, nos faz pensar que: O fato do gênero humano, ser oriundo de um mesmo par, "não justifica de forma alguma a conclusão de que os animais também foram criados em número de apenas um [par, mais sim em um grande número de espécies e exemplares]". (CBADSD, v.1, p. 195)
Consideremos por um instante o que era o mundo do primeiro ao termino do quinto dia.
Temos então a bênção da multiplicação no v. 22
Só um detalhe para não passar desapercebido (v.24): "Da mesma forma que o o terceiro dia, o sexto é distinguido por um duplo ato criativo". (CBADSD, v.1, p. 196)
Tema de muito debate é o significado da expressão "À nossa imagem", algo a ser pensado é que tal declaração deve ter extensão física e de caráter, além de semelhança em:
- personalidade
- autoconhecimento
- livre-arbítrio
Avançando na narrativa criacionista, e trinitária, a expressão "À sua imagem" no verso 27: "Digno de nota é o uso do singular 'Sua'. O plural do v. 26 revela que a Divindade possui pluralidade na unidade, enquanto que o v.27 enfatiza que a pluralidade de Deus não nega Sua unidade". (CBADSD, v.1, p. 198)
E do mesmo modo que o quinto dia veio acompanhado de uma benção (v. 22), no fim do sexto dia temos mais uma bênção "com adições especiais apropriadas ao ser humano. [onde] Deus 'os' abençoa, [ao contrario de] 'o' abençoar, indicando que a criação de Eva deve ter ocorrido antes do término do sexto dia e que as bênçãos e responsabilidades conferidas sobres eles deviam ser partilhadas por ambos de igual maneira". (CBADSD, v.1, p. 198)
E assim é o ser humano posto como a coroa da criação.
Reynan Matos
Teólogo
