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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Gênesis | Capítulo 26

Mais uma vez as adversidades, faz o servo de Deus olhar para a terra do pecado, com o intuito de resolver o seu problema.

No entanto desta vez, o filho age diferente do pai, e segue estritamente a ordem do Senhor. (v. 2) E esse convite feito a Isaque é estendido a cada filho e filha de Deus, nos dias atuais, não dessa ao Egito.

Ao passo que Isaque, não encorreou no mesmo erro do pai  no que diz respeito, ao lugar de refugio. Ele não exitou em ocultar seu matrimônio, como fez seu pai, e como faz tantas pessoas nos dias atuais. Embora as razões pelas quais se oculta os matrimônios hoje em dia, sejam diferentes da razão que levaram Abraão, e Isaque a não admitir que eram Esposos, da mulher que os acompanhava. (v. 7) 

A pergunta que me falo diante da recorrência desses acontecimento é. Para onde vai toda a bravura desses homens, que se levantam para defender, suas terras, seus bens, seus familiares (no caso de Abraão ao resgatar Ló. Gm 14), e na hora de assumir seu compromisso com sua esposa, se portam como verdadeiras crianças indefesas!

Então como todo caso que não é devidamente assumido, mais cedo ou mais tarde, haverá de ser descoberto. No caso de Isaque, ainda bem que ele foi apanhado com a mulher dele mesmo. (v. 8)

E Abimeleque, mais uma vez se porta do mesmo modo que fora com Abraão (Gn 20.9). (v. 9,10) E fez por Isaque o que ele mesmo não buscou para seu casamento, dar a devida segurança para que ele permanecesse. 

Uma curiosidade bíblica, o episódio envolvendo Abraão havia ocorrido a uns 80 anos. E "Abimeleque' deve ser tomado como significando um título monárquico (tal como o de Faraó)". (Shedd, v. 10) De igual modo Ficol (v. 26) deve se referir ao comandante do exército. (CBASD, v. 1, p. 382) 

Isso resolvido, nos deparamos com uma realidade, pouco destacada pelos cristãos dos dias atuais. Não apenas os justos se encantam com a prosperidades dos ímpios. O inverso também é uma realidade. (v. 13,14) E por prosperidade, nos referimos a toda bênção que sobrevêm a vida daqueles que são fieis a Deus, quer seja de ordem, física, familiar, social, intelectual, e financeira.

A prosperidade era tamanha que ele foi convidado a deixar aquela vizinhança, e no caminho, ele buscar restaurar o trabalho de seu pai, que havia sido destruído por aqueles que os invejavam, afinal esse é o único fruto que se pode esperar de uma árvore como a inveja.

Embora Isaque tenha tido seu deslize, o que assinala a sua humanidade, e mais uma vez corrobora a veracidade bíblica. Ele demonstra que não apenas Abimeleque, permanência com seus princípios, como Isaque continuava sendo aquele mesmo rapaz pacífico que fora posto no altar de sacrifício (Gn 22.9), já que por três vezes ele realizou o mesmo trabalho afim de evitar um conflito que julgou desnecessário (v. 19-20,21,22). Esse exemplo de Isaque deveria ser um modelo para todos os cristãos de todas as épocas, que como verdadeiros embaixadores do reino da paz, deveria buscar estar em paz com todos os homens.

Além da prosperidade, e da mentira como seu pai, Isaque permanecia adorando ao Senhor, e isso ele não ocultava, pois continuava erguendo altares por onde passava. (v. 25)

Por fim o capítulo apresenta Isaque, do mesmo modo como deveria ser a percepção social de todos que entrassem em contato com os filhos de Deus: "Vimos claramente que o Senhor é contigo" (v.28). Essa com certeza é uma declaração que nos deveria fazer pensar: Quem as pessoas estão vendo que está comigo? A inveja, a ganância, a sede por poder, a preguiça ... Quem as pessoas estão vendo claramente que é conosco?

Infelizmente o capítulo não se encerra com a preocupação dos ímpios em estarem em paz com o abençoado do Senhor. E sim com as mas escolhas que um filho faz e como isso afetou a vida de seus pais.

Apesar de Esaú esperar tanto quanto o seu pai para se casar (Gn 25.20), ele não seguiu pelo caminho da monogamia, além de ter estabelecido uma relação de poligamia em jugo desigual. Que terrível contraste com a vida matrimonial de seus pais.     

Reynan Matos
Teólogo

Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia

V. 1

"Não se sabe se Abimeleque e Ficol (Gn 26:26) eram as mesmas pessoas já mencionadas (20:2 e 21:22) ou se eram simplesmente títulos que significavam, respectivamente, "rei"
e "comandante do exército", embora a hipótese mais provável seja a última (ver com. de Gn 20:2; 21:22)". (CBASD, v. 1, p. 382)

V. 5

"A confiança não é completa sem a obediência, nem a obediência, sem a confiança". (CBASD, v. 1, p. 382)

Um detalhe para considerarmos sobre o "andar com perfeição diante de Deus, havia sido dado [o convite]a Abraão quando ele estava com 99 anos (Gn 17:1)". (CBASD, v. 1, p. 382)

V. 7

"Talvez, envergonhado de sua própria conduta, Abraão não tenha advertido Isaque, relatando seus próprios lapsos nesse aspecto. O mais provável, porém, é que Abraão tenha contado a Isaque o que houve; mas, como acontece tantas vezes, Isaque teve de aprender a lição por si mesmo, através de uma amarga experiência. Geralmente, os pecados dos pais são perpetuados nos filhos. Mas as fraquezas hereditárias nunca deixam os filhos livres de responsabilidade pessoal por seus próprios erros (ver Ez 18:20)". (CBASD, v. 1, p. 382)

V. 12

"Embora o vale de Gerar seja excepcionalmente fértil, um aumento de 100 por um na colheita de grãos representa talvez o máximo para a Palestina, onde o normal era de 30 a 50 por um, na época de Cristo (ver Mt 13:23). A bênção especial de Deus repousava sobre Isaque". (CBASD, v. 1, p. 383)

V. 22

"Partindo dali. Sendo amante da paz, lsaque não queria se envolver em problemas por causa dos poços que seus homens
cavavam, então se mudava cada vez que seus direitos eram contestados. O terceiro poço novo parece ter sido cavado suficientemente longe dos filisteus para que eles o deixassem
em paz ali, e por essa razão ele é chamado Reobote, "espaços amplos". Essa fonte tem sido identificada com a atual er-Ruchebeh, que fica 32 km a sudoeste de Berseba, no Wadi Ruchebeh, que mantém até hoje o nome que recebeu de lsaque". (CBASD, v. 1, p. 383)

V. 26

"Abimeleque. Por ocasião do tratado anterior, Isaque estava com cerca de três anos de idade (Gn 21:8, 22; ver também o com. de Gn 21:8). O segundo tratado foi feito aproximadamente 97 anos mais tarde (25:26; 26:34). É provável, portanto, que o Abimeleque de Gênesis 26:26 não seja a mesma pessoa mencionada em 21:22. Quando os caminhos de uma pessoa são agradáveis a Deus, até seus inimigos estarão em paz com ela (Pv 16:7). O novo rei de Gerar então propôs um tratado que na verdade era uma renovação do tratado original entre Abraão e o rei anterior de
Gerar. Apesar da injustiça que Isaque havia sofrido nas mãos deles, ficou feliz, como um amante da paz, em fazer um novo pacto de amizade com Abimeleque. Pode-se imaginar como Isaque se sentiu quando Abimeleque descaradamente se gabou de sua própria justiça e honestidade no passado. Quando servos de Abimeleque arruinaram vários dos poços de Isaque e roubaram pelo menos dois deles, não houve violência devido apenas à pacífica retirada de Isaque. Embora Isaque não pudesse se esquecer dessas amargas experiências, não as mencionou. Ele tinha bom coração e espírito magnânimo".  (CBASD, v. 1, p. 383)

V. 34

"Tendo Esaú quarenta anos de idade. Às dificuldades de Isaque com os filisteus somou-se então uma aflição doméstica que lhe causaria profunda e duradoura tristeza. Esaú, que já havia demonstrado indiferença para com princípios religiosos, não viu razão para se aconselhar com os pais com respeito à escolha de uma esposa ou para fazer arranjos e conseguir uma entre seus parentes na Mesopotâmia. Quando estava com 40 anos de idade e seu pai com 100  (Gn 25:26), Esaú se casou simultaneamente, ou quase simultaneamente, com duas mulheres heteias. Ao fazê-lo, desafiou abertamente os princípios da orientação paterna, da proibição quanto ao casamento com pagãos e da monogamia". (CBASD, v. 1, p. 384)

V. 35

"Este mundo triste não conhece dor maior do que a trazida aos pais pelos próprios filhos". (CBASD, v. 1, p. 384)