O capítulo da Morte, é assim que começa e termina este capítulo. Miriã morre primeiro aos 132 (Êxo. 2,4,7), e Arão aos 123 (Nm 33.38,39).
Essas mortes tem um intervalo aproximado de meses, sendo quatro de Miriã para a morte de Arão, e onze de Arão para Moisés.
Esse poderia ter sido um dos anos mais alegres de Israel se não fosse perdas tão significativas para o povo, já que provavelmente esse era o 40º ano de peregrinação.
Infelizmente as vezes o ano da vitória é marcado por perdas significativas.
O vigésimo capítulo também nos apresenta três grandes perigos:
1. O perigo da incredulidade, pode perdura de geração após gerações, por maiores que sejam as intervenções divina com as gerações posteriores.
2. O perigo da desobediência, pode alcançar mesmo os filhos de Deus da mais alta envergadura, como era o caso de Moisés.
3. O perigo do desanimo. A recusa de Edom foi um golpe duro.
Quem foi Miriã? Profetisa do Senhor (Êxo 15.20,21)
Quem foi Arão? Sumo Sacerdote. Falou a Faraó em nome de Moisés (Êx 4.30; 7.2,9); sustentou os braços de Moisés (Êx 17.12); viu a glória do Senhor (Êx 24.1-10); foi escolhido para fundar a família sacerdotal (Êx 28.40); pecou contra Deus ao fazer o bezerro de ouro (Êx 32); Seu pecado em Meribá lhe tirou o direito de entra na terra prometida. (Núm 20.12)
O último incidente envolvendo Arão, nos levar a pensar que pecado também poderá nos tirar da terra prometida?
V. 2
Os filhos se mostram com o mesmo espírito dos pais.
V. 8
"A rocha aqui é uma figura de Cristo (1 Co 10.4). Foi ferido uma vez para nós, e agoa só resta a oração da fé, pela qual entramos em contato com Ele. A rocha já tinha sido ferida uma vez (Êx 17.6), e daí o significado especial de apenas falar para a Rocha". (Shedd)
V. 10
"Moisés refletia ira pessoal, em vez de zelo pelo Senhor, e nisso residiu seu pecado". (CBASD, v. 1, p. 969)
"Faremos sair. Ao usar o verbo na primeira pessoa do plural, referindo-se a ele e a Arão, Moisés demonstrou desconsideração a Deus, como se o povo pensasse que os dois fossem capazes de realizar um milagre por poder próprio". (CBASD, v. 1, p. 969)
"Ao dizer: "Porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros?" [Nm 20:10], Moisés quase disse aos israelitas que estavam certos em crer que ele próprio estava fazendo as poderosas obras que haviam sido realizadas em favor deles. Isso tornou necessário que Deus provasse para Israel que a declaração de Moisés não estava fundamentada em fatos reais. [ ... ] A fim de tirar para sempre da mente dos israelitas a ideia de que um homem os estava guiando, Deus achou necessário permitir que o líder deles morresse antes de entrarem na terra de Canaã (Ms 69, 1912)". (CBASD, v.1, p. 1231)
V. 12
"Não crestes em Mim. Foi neste ponto que Moisés falhou".
"Para Me santificardes. A falta de fé impediu a exibição da santidade de Deus por meio de Moisés e Arão". (CBASD, v. 1, p. 969)
V. 17
Curiosidade: "Foi por esse caminho que passaram os quatro reis que atacaram Sodoma nos dias de Abraão, procedentes da Síria". (CBASD, v.1, p. 970)
V. 28
"A morte de Arão colocou em evidência a imperfeição do sacerdócio levítico, no que se refere a sua instabilidade. Paulo fala do contraste entre o sacerdócio de Cristo e o de Arão nesse quesito (Hb 7:24). Arão foi sepultado em Mosera (Dt 10:6; ver com. de v. 25)". (CBASD, v. 1, p. 971)
O tríplice erro de Moisés deve ser analisado com calma para que os líderes de hoje não incorram no mesmo erro:
1. Seu mau humor em chamar os israelitas de 'rebeldes', quando o próprio Deus mandara-lhe apenas a lhes trazer refrigério.
2. Sua sugestão que a água dependia do poder dele e do de Arão.
3. Feriu a rocha quando a ordem divina era falar à rocha
Reynan Matos
Teólogo
