A liderança é necessária em todos os
tipos de organização humana, seja nas igrejas, seja em cada um de seus
departamentos. Ela é essencial em todas as funções: o líder precisa conhecer a
natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar. Para os
humanistas, a liderança pode ser visualizada sob diversos ângulos, a saber:
1- Liderança como
um fenômeno de influência interpessoal. Liderança é a influência
interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo da
comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos. A
liderança ocorre como um fenômeno social exclusivamente nos grupos sociais. Ela
é decorrente dos relacionamentos entre as pessoas em uma determinada estrutura
social. Nada tem a ver com os traços pessoais de personalidade do líder. A
influência significa uma força psicológica, uma transação interpessoal na qual
uma pessoa age de maneira modificar o comportamento de outra de modo
intencional. A influência envolve conceitos como poder e autoridade, abrangendo
maneiras pelas quais se provocam mudanças no comportamento de pessoas ou de
grupos sociais. O controle representa as tentativas de influência
bem-sucedidas, isto é, que produzem as consequências desejadas pelo agente
influenciador. O poder é potencial de influência de uma pessoa sobre outras; é
a capacidade de exercer influência, embora isso não signifique que essa
influência seja realmente exercida. O poder é um potencial de influência que
pode ou não ser realizado. A autoridade (o conceito mais restrito destes todos)
é o poder legítimo, desta maneira, o poder que tem uma pessoa em virtude do seu
papel ou posição em uma estrutura organizacional. É, portanto, o poder legal e
socialmente aceito.
2- Liderança como
um processo de redução da incerteza de um grupo. O grau em que
um indivíduo demonstra qualidade de liderança depende não somente de suas
próprias características pessoais, mas também das características da situação
na qual se encontra. Liderança é um processo contínuo de escolha que permite ao
grupo caminhar em direção à sua meta, apesar de todas as perturbações internas
e externas. O grupo tende a escolher como líder a pessoa capaz de dar maior
assistência e orientação (que defina ou ajude o grupo a escolher os rumos e as
melhores soluções para seus problemas) para que alcance seus objetivos. A
liderança é uma questão de redução de incerteza do grupo, e o comportamento
pelo qual se consegue essa redução é a escolha, isto é, a tomada de decisões.
Nesse sentido, o líder é um tomador de decisões ou aquele que ajuda o grupo a
tomar decisões adequadas.
3- Liderança como
uma relação funcional entre líder e subordinados. Liderança é
uma função das necessidades existentes em uma determinada situação e consiste
em uma relação entre um indivíduo e um grupo. A relação entre líder e
subordinados repousa em três generalizações:
Ávida para cada pessoa pode ser vista como uma contínua luta para satisfazer
necessidades, aliviar tensões e manter o equilíbrio.
A maior parte das necessidades individuais, em nossa cultura, é satisfazer por
meio de relações com outras pessoas e grupos sociais.
Para a pessoa, o processo de usar relações com outras pessoas é um processo
ativo – e não passivo – de satisfazer necessidades.
Há uma relação funcional em que o líder é percebido pelo grupo como possuidor
dos meios para a satisfação de suas necessidades. Segui-lo pode constituir para
o grupo um meio par aumentar a satisfação de suas necessidades ou de evitar sua
diminuição. O líder surge como um meio para a consecução dos objetivos
desejados por um grupo. Assim, o líder um estrategista que sabe indicar os
rumos para as pessoas.
4- Liderança como
processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação. Liderança
é o processo de exercer influência sobre pessoas os grupos se esforçam para a
realização de objetivos em uma determinada situação. A liderança depende de
variáveis no líder (L) nos subordinados (S) e na situação (V). A liderança
existe em função das necessidades existentes em determinada situação e da
conjugação de características pessoais do líder, dos subordinados e da
situação. Trata-se de uma abordagem situacional. O líder é a pessoa que sabe
conjugar e ajustar todas essas características. Assim, não há um tipo único e
exclusivo para cada situação.