Frequentemente a liderança é
definida como uma forma de dominação, ou controle, baseada no prestígio e
aceito pelo líder. Mas, com a evolução das teorias que estudam a
liderança, levando-se em consideração as situações, a figura do líder, e mesmo
as relações entre líder e liderados, este conceito vem mudando e liderança
passa a ser não apenas dominação ou controle, mas um papel assumido,
conscientemente ou não, pela pessoa do líder.
A liderança pode funcionar de duas
formas: ela pode ser uma autoridade delegada, quando o líder é aquele que
possui um cargo de liderança, mas não necessariamente lidera, ou influencia sua
equipe; ou a liderança pode ser uma autoridade natural, quando o líder é aquele
que consegue influenciar ou direcionar a equipe sem, necessariamente,
possuir um cargo de liderança.
A teoria que define os tipos de
liderança de acordo com a personalidade e características do líder é chamada de
Teoria dos Traços e foi a primeira a ser desenvolvida a esse respeito. Segundo
ela existem os seguintes tipos de líder: o “líder executivo”, o “líder
coercitivo”, o “líder distributivo”, o “líder educativo” e o “líder
inspirador”. Mas, esta teoria se baseia no pressuposto de que a liderança é uma
característica nata do líder. Ela não considera os aspectos referentes às
diversas situações enfrentadas pelo líder e sua equipe, quando os variados
tipos de liderança podem se suceder (o líder coercitivo, é sempre coercitivo,
nunca será educativo, etc.).
Atualmente liderança é encarada não
mais como uma característica apenas, mas como um comportamento e, como tal, é
algo que poderia ser aprendido. A “Teoria do Enfoque Situacional”, a mais
recente, além de abranger essa nova visão de liderança, ainda vai um pouco
além, encarando-a como algo que deve ser considerado dentro de um contexto
integrado. Não se deve mais focar apenas, o líder, o subordinado e sua relação
com aquele, ou mesmo, apenas as situações em que a liderança se insere. Mas
todos estes fatores conjuntamente.
De acordo com a nova abordagem da
liderança foram traçados estilos de liderança que refletem alguns padrões:
O “Líder carismático”: carisma é uma
palavra grega que significa “dom de inspiração divina”. Ou seja, o líder
carismático é aquele que inspira em seus liderados a confiança, aceitação
incondicional, obediência espontânea e envolvimento emocional. O líder
carismático é visto por seus liderados como alguém que possui qualidades
excepcionais. “Carismáticas” em sua acepção original. Um exemplo deste tipo de
líder são os líderes religiosos como Jesus Cristo ou Gandhi;
O “Líder executivo”: é aquele que
surgiu por causa da busca das organizações pela obtenção da ordem, ele costuma
possuir muitas habilidades técnicas, competência;
“Líder coercitivo”: aquele que exerce a
liderança através da coerção, violência, que pode ser verbal ou física. Neste
estilo de liderança a relação entre líder e liderado é instável;
O “Líder distributivo”: aquele que
apenas delega tarefas, sempre controlando, acompanhando de perto e cobrando
resultados. É o líder que não constrói nem destrói mantendo um posicionamento
de “posições e papéis”;
O “líder educativo”, aquele que costuma
dar o exemplo, seus liderados tem uma relação de responsabilidade com o
trabalho. É onde existe abertura para troca de conhecimentos não apenas
técnicos, mas também humanos;
O “Líder inspirador”, aquele que
raramente precisa dar ordens a seus liderados, eles se sentem atraídos pela
figura do líder e estão dispostos a fazer o que é necessário.