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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Gênesis | Capítulo 11

Muitas pessoa param em algum momento para considerar como as coisas seriam se não fossem como são. Se pessoas que forma determinantes para o curso de um evento específico houvesse realizado outra escolha, muitas vezes contrária a que realizou. 

Entre esses eventos, podemos destacar as seguintes conjecturas:

1. Se Eva não houvesse dado ouvido a serpente. Adão não teria cedido ao maligno.
2. Se Adão não houvesse acompanhado a oferta da sua esposa. A humanidade não teria entrado em pecado.
3. Se Caim não houvesse matado Abel. Poderia ter poupado a terra de um dilúvio. 
4. Se Cam não houvesse zombado da nudez do seu Pai. Teria privado sua descendência de uma maldição. 
5 Se os homens não houvessem feito uma torre em sinal de desconfiança da Palavra de Deus . Não teríamos essa variação de línguas.

Imagine um único idioma para o mundo inteiro... O domínio da linguagem é uma das principais características que distingue a humanidade do restante da criação. 

Quanto mal não teria sido evitado, se comumente o que dizemos não fosse erroneamente interpretado. Afinal, "uma linguagem comum promove a unidade de pensamento e ação". (CBASD, p. 276)

Nos v.6,7 "Vemos a atitude de Deus que reconhece o valor na unidade e na paz quando são caracterizadas pelas santidade. Fora disso, melhor a divisão do que a apostasia coletiva". (Shedd) 

Gênesis 11 é mais uma descrição de que o pecado não encontra limites para produzir seus malefícios, já não sendo suficiente alterar nossa relação com o Criador, interfere na relação de uns com os outros. 

Reynan Matos
Teólogo


Comentário Bíblico adventista do Sétimo Dia

V. 1

"Pesquisas modernas baseadas em comparação gramatical demonstraram conclusivamente
que todos os idiomas conhecidos estão relacionados entre si e que provêm de uma única linguagem original, mas não há como saber se algum dos idiomas conhecidos se assemelha àquela linguagem original. É possível, e até provável, que uma das línguas semitas, como o hebraico ou o aramaico, seja semelhante à linguagem falada antes da confusão das línguas. Os nomes pessoais do período precedente à confusão das línguas, na medida em que podem

ser interpretados, somente fazem sentido se considerados como originalmente semíticos.
O registro que contém esses nomes, o livro de Gênesis, foi escrito em hebraico, uma língua semita, por um autor semita e para leitores semitas. Também é possível, embora improvável, que Moisés tenha traduzido esses nomes, de uma língua original desconhecida por seus leitores, para nomes hebraicos que teriam um significado para eles". (CBASD, p. 276)

V. 2

"Escavações mostraram, além disso, que a mais antiga população da baixa Mesopotâmia tinha uma cultura elevada. Os sumérios inventaram a arte de escrever em tabletes de argila, construíam casas bem erigidas e eram peritos na produção de joias, ferramentas e utensílios domésticos". (CBASD, p. 277)

V. 4

"A concentração de seres humanos sempre encorajou a ociosidade, imoralidade e outros vícios. As cidades sempre foram berços de crime, pois em tal ambiente Satanás encontra menos resistência a seus ataques do que em comunidades menores onde as pessoas vivem em mais contato com a natureza". (CBASD, p. 277)

"Tornemos célebre o nosso nome. [...] Para tornar célebre o seu nome, ou adquirir reputação, as pessoas se dispõem a enfrentar dificuldades, perigos e privações". (CBASD, p. 278)

V. 6

"Isto é apenas o começo. A torre de Babel representava dúvida em relação à palavra de Deus e desafio à Sua vontade. Foi concebida como um monumento à apostasia e como uma fortaleza de rebelião contra Ele. Esse era apenas o primeiro passo de um plano mestre do mal para controlar o mundo. Era necessária ação rápida e decisiva para advertir as pessoas sobre o desagrado de Deus e frustrar as ímpias estratégias. Para que os seres humanos tenham certeza de que Deus não é arbitrário em Seu trato e de que não age por impulso, Ele é representado discutindo o assunto consigo mesmo. A razão para essa intervenção é positivamente declarada. Se não fosse o poder restritivo de Deus exercido de tempos em tempos ao longo da história, os maus desígnios humanos alcançariam sucesso e a sociedade se tornaria inteiramente corrupta. A relativa ordem que existe na sociedade se deve ao poder restritivo de Deus, que definidamente limita o poder de Satanás (ver Jó 1:12; 2:6; Ap 7:1 )". (CBASD, p. 278)

V. 7

"A divisão das línguas, embora seja um obstáculo às estratégias humanas de cooperação política e econômica, não deveria ser um obstáculo ao triunfo da causa de Deus.
O dom de línguas no Pentecostes seria um meio de superar essa dificuldade (ver At 2:5-12). As diferenças nacionais não impedem a unidade de fé e ação por parte dos filhos de Deus nem o avanço de Seu propósito eterno. A Palavra de Deus tem sido colocada à disposição das nações em sua própria língua, e irmãos da mesma fé, embora separados por diferenças linguísticas e étnicas, estão unidos no amor a Jesus e na devoção à verdade. A fraternidade da fé os une mais fortemente do que a posse de uma mesma língua o poderia fazer. Na unidade da igreja o mundo deve ver evidências convincentes da pureza e do poder de sua mensagem (ver Jo 17:21)". (CBASD, p. 279)

V. 9 

"Textos babilônicos antigos interpretam Bab-ilu ou Bab-ilanu como "porta dos deuses" ou "portão dos deuses". É possível, contudo, que esse significado fosse secundário, e que o nome viesse originalmente do verbo babilônico babalu, que significa "espalhar" ou "desaparecer". (CBASD, p. 279-280)

"A paixão dos povos mesopotâmicos pela construção de altas torres não cessou com a primeira tentativa frustrada de erigir uma que "chegue até os céus". Ao longo de toda a Antiguidade, eles continuaram construindo torres-templos ou zigurates. Ainda existem
várias dessas em ruínas. A melhor preservada está em Ur, a terra natal de Abraão". (CBASD, p. 280)

"Qualquer que tenha sido a localização da primeira torre de Babel, todos os vestígios da estrutura original já desapareceram". (CBASD, p. 280)

V. 12

"Arfaxade. Antes do dilúvio a idade média de paternidade era de 117 anos (a mais baixa, 65, e a mais alta, 187 anos). Mas, a partir de então, diminuiu para 30-35 anos, alcançando extensões incomuns somente nos casos de Tera e Abraão (ver com. de Gn 10:22)". (CBASD, p. 281)

"A cada nova geração, a raça humana se afastava mais e mais da vigorosa herança física de Adão e dos revigorantes efeitos do fruto da árvore da vida". (CBASD, p. 281)

V. 18

Reú, significa amigo

Reuel, significa amigo de Deus

Tera, significa noivo

V. 26

"Viveu Tera setenta anos. Este texto parece indicar que Abraão, Naor e Harã eram trigêmeos, nascidos quando seu pai Tera tinha 70 anos. No entanto, esse não é o caso, pois: (1) Tera morreu em Harã com a idade de 205 anos (Gn 11:32). (2) Abraão partiu para Canaã com a idade de 75 anos (12:4). (3) O chamado para Abraão sair de Harã se deu após a morte de seu pai, como é declarado em Atos 7:4. Assim, Abraão não podia ter mais de 75 anos por ocasião da morte de seu pai, e Tera tinha pelo menos 130 anos quando Abraão nasceu. Portanto, Gênesis 11:26 indica que Tera começou a gerar filhos quando tinha 70 anos. Sendo o mais jovem dos três filhos, Abraão é mencionado primeiro por causa de sua importância como ancestral dos hebreus. Embora não seja certo qual dos outros dois filhos de Tera (Naor ou Harã) era o mais velho, o fato de Naor se casar com a filha de Harã (Gn 11:29) pode indicar que Harã era o mais velho (cf. com. de Gn 5:32)". (CBASD, p. 282)

"Abrão. "Pai de elevação" ou "pai exaltado", apontando para sua honrada posição como ancestral do povo escolhido de Deus. Seu nome foi mais tarde mudado por Deus para Abraão (Gn 17:5). Esse nome aparece em registros egípcios como o de um governante amorreu de uma cidade palestina na mesma época em que Abraão viveu. Aparece também num documento cuneiforme contemporâneo, de Babilônia, mostrando que
não era um nome incomum". (CBASD, p. 282)

Sobre as genealogias bíblicas temos que ressaltar: "As Escrituras contêm muitos e notáveis exemplos de omissão de nomes nas listas genealógicas. Ao traçar sua própria linhagem até Aarão, Esdras, por exemplo, omite pelo menos seis nomes (ver Ed 7:1-5; cf. 1Cr 6:3-15).  Séculos depois, a genealogia de Jesus, em Mateus, omite quatro reis de Judá e possivelmente outros ancestrais do Senhor (ver com. de Mt 1:8, 17). Portanto, a possível omissão, por parte de Moisés, do nome de Cainã na lista de Gênesis 11 :10-26, não deve ser considerada uma incorreção, mas um exemplo de uma prática comum entre os escritores hebreus. Seja como for, a lista dada por Moisés deve ser considerada no mínimo razoavelmente completa. Ellen White menciona (PP, 125) uma "linha ininterrupta" de homens justos - de Adão a Sem - que transmitiram o conhecimento de Deus herdado por Abraão. Alguns consideram que isso implica o fato de Abraão ter sido instruído pessoalmente por Sem. Se for assim, então, Abraão teria nascido alguns anos antes da morte
de Sem, que é datada de 500 anos depois do dilúvio". (CBASD, p. 282-283)

V. 27

"Tera. Até este ponto Moisés narrou a história de toda a humanidade. A partir de então, o relato foca quase exclusivamente a história de uma única família: o povo escolhido de Deus. Durante todo o restante do AT, em geral, é dada atenção só a outras nações na medida em que elas entram em contato com o povo de Deus". (CBASD, p. 283)

V. 28

"Esta é a primeira menção (não necessariamente o primeiro caso) da morte de um filho antes da morte do pai". (CBASD, p. 284)

"Ur dos caldeus. [...] quando Abraão morava ali, a cidade exibia uma cultura excepcionalmente elevada. As casas eram bem construídas e geralmente tinham dois andares. [...] Nas escolas de Ur se ensinavam leitura, escrita, aritmética e geografia, como evidenciam muitos exercícios escolares recuperados. [...] O avançado nível cultural de Ur, no tempo de Abraão, silencia os que estigmatizam Abraão como um nômade ignorante. Sua juventude foi passada numa cidade altamente aculturada e sofisticada, e ele era filho de cidadãos abastados e, sem dúvida, era um homem culto". (CBASD, p. 284)

"É um milagre Abraão ter sido preservado das influências pagãs que o cercavam". (CBASD, 284)

Ellen G. White

"Os homens retomaram a hostilidade. No entanto, bastou a Terra ser repovoada para os  homens retomarem a hostilidade a Deus e ao Céu. Transmitiram sua inimizade a seus descendentes, como se a arte e o artifício de desencaminhar as pessoas e fazer com que continuassem numa guerra antinatural fosse um sagrado legado". (CBASD, p. 1202)