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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Gênesis | Capítulo 12

Os  versos 1-3 do capítulo 12 de Gênesis, é considerado o motor do Pentateuco. 

A vida de Abraão, desde seu chamado até sua morte, pode ser dividida de quatro formas com uma revelação em cada uma delas:

1. A mudança para Canaã (12-14)
2. A promessa de um herdeiro e a conclusão de uma aliança (15,16).
3. O estabelecimento da aliança, a mudança de nome, e a adoção do sinal da circuncisão (17-21).
4. A prova de fé de Abraão e o seu aprimoramento (22-25.11)

Sobre a ideia etnocêntrica que permeia toda a cultura hebraica, bem como outras nações, no caso de Israel, é uma distorção da vontade divina. "O propósito seletivo de Deus se vem delimitando desde todos os filhos de Adão, através de Noé, depois Sem, até o povo escolhido, os póstero de Abraão que vieram de Isaque. É a terceira iniciativa, seguindo as duas primeiras nas quais os descendentes de Adão e de Noé falharam". (Sheed).

Fome mencionada no v. 10 "É frequentemente que Deus permita ocorrências assim sobre seu povo, para prová-lo na sinceridade e na confiança. Quando o povo deixa de confiar em Deus, volta-se para os recursos que o mundo oferece (o Egito ilustra o mundo), verificam então, que só tribulação há pela frente. É tão somente mediante a confissão do pecado e a busca de uma nova vida com Deus que se encontra a solução para cada dificuldade". (sheed)

Se Noé, errou por ficar embriagado e nu. Abraão errou em dizer meia verdade (v. 13)

Em consequência da manobra de Abraão, ele deixou de ser uma bênção para ser uma maldição, e "o filho de Deus contrariando a vontade Divina, poderá tornar-se num verdadeiro tropeço aos que não pertençam ao povo de Deus. É inevitável que o mundo tome conhecimento de tais pecados nas vidas dos crentes e se mostre tão apressado em julgá-los". (Sheed)

V. 17 Por isso "a dificuldade do homem é a oportunidade de Deus". (CBASD, p. 294)

"Essa experiência devia ter ensinado Abraão a confiar em Deus e não em suas próprias manobras. [...] tentasse o mesmo artifício (ver Gn 20:2; 26:7). O fato de Deus ter salvo Seus servos de circunstâncias que eles próprios criaram é uma evidência de misericórdia e amor. É possível que, às vezes, aqueles que professam fé em Deus ajam de maneira indigna de seu chamado, mas Ele frequentemente ensina seus oponentes a respeitá-los. O Senhor continua sendo fiel para com Seus filhos mesmo nos momentos de infidelidade deles (ver 2Tm 2:13). Contudo, agir deliberadamente na expectativa de que Deus nos salvará dos resultados adversos é presunção. Foi a uma tentação dessa natureza que Cristo respondeu: "Não tentarás o Senhor, teu Deus" (Mt 4:7)". (CBASD, p. 294)

V. 19

"A benignidade do faraó e a misericórdia de Deus humilharam Abraão, e em silêncio ele reconheceu sua culpa. Que desonra sobrevém à causa de Deus quando Seus representantes, como resultado de procedimentos irrefletidos e vergonhosos, trazem sobre si mesmos merecida reprovação de homens do mundo!" (CBASD, p. 295)

Reynan Matos 
Teólogo

Comentário Bíblico Adventista

V. 1

"A palavra de Yahweh começa com uma ordem, continua com uma promessa e termina com uma bênção. Esses três aspectos significativos caracterizam todas as manifestações de Deus ao ser humano. As promessas divinas são cumpridas, e Suas bênçãos, recebidas apenas quando Suas ordens são seguidas. As pessoas, em geral, desejam receber as bênçãos de Deus e participar das promessas sem obedecer às exigências". (CBASD, p. 287)

Abraão fora submetido a um teste severo. "Em vez de férteis pastagens, ele encontraria uma terra cheia de florestas e montanhas. Em vez de viver entre povos de sua mesma origem e altamente civilizados, ele estaria jornadeando entre tribos com valores inferiores e com uma religião degradada". (CBASD, p. 287)

"Um jovem pode deixar seu país de origem sem pesares, mas para um homem de 75 anos essa decisão é dura". (CBASD, p. 288)

V. 2

"E te engrandecerei o nome. A verdadeira grandeza resultaria da obediência às ordens de Deus e da cooperação com o propósito divino. Os construtores de Babel pensavam que engrandeceriam seu nome ao desafiar a Deus. Contudo, o nome de nenhum deles sobreviveu. Abraão, por outro lado, devia simplesmente seguir por onde Deus o guiasse para obter fama. O nome Abraão é comum como nome próprio até hoje, e incontáveis milhões de judeus, muçulmanos e cristãos já o aclamaram no passado e ainda o consideram hoje como seu ancestral espiritual". (CBASD, p. 288)

V. 5

"Abraão era próspero (Gn 13:2), mas sua prosperidade de forma alguma demonstrou ser um empecilho à sua vida religiosa. Embora seja verdade que a riqueza em geral dificulta a seus possuidores qualificarem-se para o reino de Deus, não é de maneira alguma uma desvantagem fatal (ver Mt 19:23 -26). Quando uma pessoa de posses se considera mordomo de Deus e usa sua riqueza para a honra de Deus e o avanço de Seu reino, a riqueza é uma bênção e não uma maldição". (CBASD, p. 289)

De Hará a Canaã estamos falando de aproximadamente 750 Km

V. 7

"O cumprimento aparentemente improvável da promessa a tornava um grande teste para a fé do patriarca". (CBASD, p. 291)

V. 8

"Embora o culto fosse provavelmente simples e consistisse apenas da oração, da oferta de um sacrifício animal e, sem dúvida, de um apelo evangelístico, o grande número de servos que Abraão
havia levado ao conhecimento de Yahweh devia fazer dessas ocasiões eventos impressivos (ver Gn 14:14; 18:19)".  (CBASD, p. 291)

"Muitos mantêm sua fé em segredo, temerosos de confessá-la, mas isso não ocorria com Abraão. Onde quer que fosse, ele confessava Aquele em quem confiava e a quem obedecia. Seus altares, que
pontilhavam os campos da Palestina, tornaram-se memoriais do único Deus verdadeiro. Os cananeus, cuja medida da iniquidade ainda não estava completa (Gn 15:16-20), foram assim familiarizados com o Criador do universo, e pelo preceito e exemplo de Abraão foram chamados a abandonar seus ídolos e a adorá-Lo. Como o primeiro missionário do mundo enviado a terras estrangeiras, Abraão viajou incansavelmente pela Palestina e pregou sobre Deus em todos os lugares onde armou sua tenda. I saque e Jacó também foram chamados por Deus a viver naquela terra. Embora eles nem sempre
tenham sido brilhantes exemplos da verdade, os cananeus não podiam deixar de notar a diferença entre seu próprio estilo de vida e o dos hebreus. Quando chegasse a hora de seu julgamento, não poderiam negar que Deus lhes havia proporcionado todas as oportunidades de aprender sobre Ele". (CBASD, p. 291)

V. 10

"A ocorrência dessa fome exatamente na ocasião em que Abraão entrou na terra foi uma prova adicional à sua fé. Isso lhe ensinaria lições de submissão, fé e paciência. Ele devia compreender que, mesmo na terra prometida, o alimento e as bênçãos vêm somente do Senhor". (CBASD, p. 292)

Egito era tido como o País da fartura. Um verdadeiro porto de refúgio em tempos de necessidade.

V. 12

"Sua experiência no Egito mostra de maneira clara que, do ponto de vista humano, seus temores
tinham fundamento. Mas a precaução que ele tomou não brotou da fé. Como podia esperar conservar Sara como sua esposa quando ela própria negaria que fosse casada? De que maneira ele poderia protegê-la mais eficientemente como sua irmã do que como sua esposa? Seu plano acabou lhe trazendo exatamente o que temia e esperava evitar". (CBASD, p. 294)

V. 15

"Na 18• dinastia, durante a qual Moisés escreveu o livro de Gênesis". (CBASD, p. 294)

V. 18

"Chamou, pois, Faraó a Abrão. As palavras de reprovação de faraó implicam que ele não teria tomado Sara para si se soubesse que ela era esposa de outro homem. As intenções dele eram irrepreensíveis; seus arranjos para torná-la sua esposa foram inteiramente legítimos. Sara h avia
sido levada para a corte em preparo para o casamento, mas ainda não havia se unido ao rei. E, por sua vez, Abraão havia aceitado o dote costumeiro e outros presentes como sinal do favor do rei". (CBASD, p. 294-295)

Ellen G. White

"A aliança abraâmica é a aliança da graça. [...] Se não fosse possível sermos guardadores dos mandamentos, então por que Ele faz da obediência aos Seus mandamentos a prova de que O amamos?". (CBASD, p. 1202)