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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Gênesis | Capítulo 13

Uma vez entrado no Egito e vendo os riscos que ali correrá, bem como o mal que causará, Abrão se ver impulsionado a ir para onde Deus lhe aprouver. E nós deveríamos seguir este exemplo e não persistir em estar em caminho contrários a vontade do Senhor. (v.1)

Assim como muitas famílias dos dias atuais, o excesso de riqueza é motivo para contendas e rompimentos familiares. O Dr. Gary Chapmam em seu livro “amor e lucro”, comenta como fica perplexo com o fato de pessoas com recursos financeiros limitados, resolverem seus problemas de modo muito mais fácil do que aqueles que são abastados. (v. 2-9)

Outra grande verdade registrada em Gên. 13 foi ressaltada pelo Pr. Erton ao twittar que: "Muitas situações difíceis podem ser resolvidas quando os envolvidos se dispõem a conversar, não para aprofundar o problema, mas para buscar soluções, e quando tem humildade suficiente para deixar o outro ganhar, confiando que Deus abrirá novas portas no futuro".



E Ló com o direito de escolha concedido por Abrão, ao invés de erguer os olhos ao Senhor e buscar dele orientação de que, para que lado deveria ir. (v.10) Ele faz a escolha de pior modo que poderia fazer, escolhe para si (v.11).

E qual a descrição que a Bíblia dá para a natureza daqueles com quem ele iria conviver: “Ora, os homens de Sodoma eram maus pecadores contra o Senhor”. (v.13)

Abrão em contrapartida, se dirigindo a onde Deus o designara, cuida logo em demarcar um lugar onde manterá encontros regulares com o Senhor, e ergue um altar. (v. 18)

Um adendo sobre a riqueza: “Encontramos aqui (em Gên 13) o primeiro exemplo de riquezas acumuladas, que deparamos na Bíblia. O estudo cuidadoso da palavra de Deus mostra que os ricos não são necessariamente, por isso, pecadores, contanto que suas riquezas tenham sido adquiridas por meio lícitos e sejam reconhecidas como pertencendo, em última análise, ao próprio Deus, de modo que dele venha a orientação quanto ao emprego que delas se possa fazer. Na verdade, as riquezas tornam muito grave a responsabilidade dos crentes”. (Sheed)

O Dr. Emílio Abdala comentando este capítulo sintetizou da seguinte maneira: "1º– Ló olhou p Sodoma (Gen 13:10); 2º– moveu em direção a Sodoma (13:11-12); 3º-mudou p Sodoma (14:12). Abraão deixou Deus escolher por ele (12:15). Ló viveu para o possível; Abraão confiou em Deus para o impossível. É a sua fé em Deus q determina quanta bênção irá desfrutar!".


Reynan Matos
Teólogo

Comentário bíblico Adventista do Sétimo Dia 

V. 4 

"Um importante ponto a se considerar na escolha de um lar é "o lugar do altar". (CBASD, p. 296)

V. 7

"Cada um dos grupos, naturalmente, desejava ver as posses de seu senhor prosperarem". (CBASD, p. 297)

V. 8 

"Em vista do fato de Ló ser mais novo e de toda a terra ter sido prometida a Abraão, seu
trato com Ló reflete um espírito verdadeiramente generoso. A nobreza de alma revelada
nessa ocasião aparece em nítido contraste com a fraqueza de caráter que ele havia acabado
de demonstrar no Egito. Abraão mostrou ser um homem de paz". (CBASD, p. 297)

"Somos parentes chegados. Literalmente, "irmãos" (ARC). Abraão reconheceu a perniciosa influência que o ódio e a contenda entre ele e Ló teriam sobre as nações
que os rodeavam. Nada teria frustrado tão eficientemente o plano de Deus para evangelizar
as nações de Canaã como a contínua discórdia entre as duas famílias. Embora Abraão
fosse o mais velho dos dois, não se aproveitou da idade e posição para reivindicar preferência. Sua referência a si mesmo e a Ló como "irmãos" (ARC, NVI, BJ) tinha o objetivo de assegurar a seu sobrinho a igualdade de posição e tratamento. Procurou afastar qualquer
dúvida que Ló pudesse ter quanto à honestidade das intenções de seu tio". (CBASD,p. 297)

V. 9

"um ser humano espiritual vive de acordo com princípios mais elevados e olha para as riquezas eternas, que estão muito além das vantagens temporais. Abraão fez isto e derrotou o propósito que Satanás tinha de criar discórdia e contenda entre ele e o sobrinho". (CBASD, p. 297)

V. 11

"Ló escolheu. Encantado pela beleza e fertilidade, e desatento a outras considerações, Ló escolheu o vale do Jordão como seu futuro local de habitação. Impelido pelo egoísmo e guiado apenas por suas próprias inclinações e pela perspectiva de vantagem temporal, ele tomou a fatídica decisão de sua vida. Essa decisão o levou a uma série de experiências infelizes que colocaram em perigo sua vida e a família. Deixando Abraão em Bete!, Ló e sua família partiram em direção ao leste". (CBASD, p. 298)

V. 12

"A experiência de Ló é uma lição para o cristão tentado a trocar a felicidade eterna por vínculos terrenos e ganhos temporais". (CBASD, p. 298)

V. 13

"Em geral, há mais depravação entre pessoas situadas em terras mais férteis e que desfrutam as vantagens de uma civilização avançada. Tal é a ingratidão da natureza
humana que, onde os dons divinos são mais abundantes, as pessoas se esquecem dEle primeiro (ver Os 4:7; 10:1). Constitui um dos perigos morais da prosperidade o fato de que os seres humanos se tornam tão satisfeitos com as coisas deste mundo que não sintam necessidade de Deus". (CBASD, p. 298)

V. 18

"O testemunho de Abraão por preceito e exemplo certamente não ficou sem resultados (PP, 128)". (CBASD, p. 299) 

Ellen G. White

(v.10,11) "Ló entrou rico e saiu sem nada como resultado de sua escolha. Faz toda a diferença se as pessoas se colocam em posições onde terão o melhor auxílio em termos de influências corretas, ou se escolhem vantagens temporais. Há muitos caminhos que levam a Sodoma. Todos precisamos ter nossos olhos ungidos com colírio para poder discernir o caminho que leva a Deus" (CBASD, p. 1203)