Pages

domingo, 28 de outubro de 2018

Gênesis | Capítulo 16

Sarai deixou uma grande lição de que quando o senhor quer nos usar, ele não fará por meio de outros e sim por nós mesmos. 

Outra grande verdade apresentada por Saria, é a capacidade do ser humano em se esquivar da responsabilidade diante das escolhas que faz. (v. 5)

Segundo Calvino: "A substância da fé possuída por Abraão e por Sara era deficiente, não em relação à promessa, mas em relação ao método pelo qual ela se cumpriria".  (Shedd)

Reynan Matos
Teológo

Bíblia Shedd

"Ismael (Deus ouve). todos os árabes que aceitam a doutrina maometana alegam descender de Ismael". (Shedd)

Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia

V. 1

Temos que levar em consideração que já se faziam 10 anos desde que a primeira promessa fora feita. 

Um outro detalhe que nos deveria chamar atenção é o fato de Agar ser egípcia, essa é uma condição muito singular, dada a grandiosidade da nação egípcia em toda a história.

"O fato de que ela ainda se encontrava na casa de Abraão sugere que faraó não havia tomado de volta os presentes que dera a Abraão". (CBASD, p. 315) Ou seja, o mal que Abraão fizera lá traz ainda reclamava mais degradação.

V. 2

"Toma, pois, a minha serva. Concluindo, com falta de fé, que não havia esperança de ter filhos, Sara decidiu seguir a prática de seu país natal a fim de prover um herdeiro para a família. Os códigos legais da Mesopotâmia reconheciam a prática através da qual uma esposa sem filhos podia dar uma de suas escravas ao marido e obter filhos por meio dela, e determinavam precisamente os direitos de tais descendentes.
Havia necessidade de regulamentos especialmente no caso de uma primeira esposa que concebesse depois de a serva ter tido filhos, ou quando uma serva se tornasse arrogante após ter sido honrada por dar à luz um herdeiro (ver Código de Hamurábi, seções 144-146, 170, 171)". (CBASD, p. 316)

"Abrão anuiu. [...] Deus não precisava dos artifícios de Abraão para a realização da promessa. Ele requeria apenas a fé e a obediência. Ao concordar com a sugestão impensada de Sara, Abraão seguiu os passos de Adão. Em ambos o casos, o resultado foi sofrimento e desapontamento, e a bênção esperada se demonstrou uma maldição. Ao dar ouvidos à errônea sugestão de Sara, Abraão criou dificuldades para si mesmo, as quais tiveram consequências de longo alcance. Surgiram problemas e sofrimentos domésticos, além de ódio entre a posterior descendência de ambas as esposas. Até hoje, de forma amarga, os representantes modernos dos descendentes de Sara e de Agar (judeus e árabes) têm brigado pela posse da chamada "terra santa". (CBASD, p. 316)

V. 3

"Abraão não compreendeu que a demora tinha sido designada por Deus para testar sua fé e desenvolver seu caráter". (CBASD, p. 316)

V. 4

"Nos lares que sofrem interferência no status matrimonial aprovado por Deus prevalecem a tristeza, o ciúme e uma amarga rivalidade. O lar de Abraão não foi exceção, e a harmonia de tempos anteriores se transformou em discórdia". (CBASD, p. 316)

V. 6

Pelas leis de Hamurábi, a escrava que se tornou concubina, poderia voltar a ser escrava, em caso de arrogância, contudo não poderia mas ser vendida. E foi assim que Sarai a humilhou. 

V. 7

Embora alguns entendam que Jesus, seja o anjo desse situação, no livro PP (p. 145,152) é dito que foi um anjo comum.

V. 9

"Deus não condescendeu com a severidade de Sara em relação a Agar. Ele pune aqueles que fazem mau uso da autoridade, mas raramente confia esse dever àqueles que estão sofrendo sob um tratamento severo e injusto. A mansidão é um traço de caráter que Deus procura em Seus filhos (ver Ef 6:5; Cl 3:22; IPe 2: 18-23)". (CBASD, p. 317)

V. 10

"Agar honrava o verdadeiro Deus, e Ele não a abandonaria em sua dificuldade. A promessa que Ele fez a ela ali, uma escrava, é sem paralelo. Essa promessa a consolou grandemente. Embora Ismael não devesse ser o fi lho do plano divino, ele partilharia, porém, da promessa feita a Abraão. Deus havia prometido multiplicar a descendência de Abraão, sem limitar isso àqueles que fossem descendentes de Sara". (CBASD, p. 317)

V. 11

"Ismael. Esta é a primeira vez que Deus dá nome a uma criança ainda não nascida (ver Gn 17: 19; Lc 1:13, 31). Assim, Ele manifestou a Agar Seu interesse nela e em sua descendência. O nome da criança, Ismael, "Deus ouvirá", devia fazê-la se lembrar da misericordiosa intervenção de Deus, e devia fazer Ismael se lembrar de que ele era objeto da graciosa providência de Deus". (CBASD, p. 317)

V. 12

"Ele será, entre os homens, como um jumento selvagem. Literalmente, "ele será um homem do tipo de um jumento selvagem", ou "ele será um potro de homem" (BJ). Esta figura de linguagem que se refere ao jumento selvagem, um animal indomável que vagueia no deserto por onde deseja, ilustra adequadamente o amor à liberdade característico do beduíno, que viaja intrepidamente sem se importar com as privações, deleitando-se com a beleza variada da natureza e desprezando a vida na cidade. Uma descrição poética do jumento selvagem aparece em Já 39:5-8". (CBASD, p. 317-318)

"A sua mão será contra todos. Uma descrição precisa dos árabes, muitos dos quais reivindicam Ismael como seu pai. Poderosas nações já tentaram conquistar a Arábia e sujeitá-la
à sua vontade, mas nenhuma teve sucesso permanente. Os árabes mantiveram sua independência, e Deus os tem preservado como um monumento perene de Seu cuidado providencial. Eles continuam sendo, ainda hoje, um argumento incontestável da veracidade desta predição divina". (CBASD, p. 318)