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terça-feira, 30 de outubro de 2018

Gênesis | Capítulo 18

Abraão tipifica o Senhor Jesus ao interceder por Sodoma e Gomorra, Entretanto, quando sua intercessão encontra um limite, o Eterno desconhece o limite, já que como disse Paulo em Hb. 7.25 "Ele vive para interceder".

Reynan Matos
Teólogo

Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia

V. 1

Curiosidade: "Três homens de pé em frente dele. Assim começa o relato da sexta aparição do Senhor a Abraão (ver com. de Gn I7: I). Alguns expositores interpretam os três "homens" como as três pessoas da Divindade. Esse ponto de vista parece infundado, uma vez que dois dos três são mencionados como
anjos (Gn I9:I, I5; Hb 13:2) e como homens (Gn 19:10, 12, I6). Parece melhor, portanto, ver nos três "homens" o Senhor e dois anjos". (CBASD, p. 328)

V. 6

Curiosidade: "Amassa depressa. Como um xeque beduíno da atualidade, Abraão instruiu a esposa a tomar três "medidas", se'im (cerca de 22 litros), de flor de farinha e fazer pães. Os pães eram assados sobre pedras quentes. A "manteiga" era leite coalhado, considerado um manjar em muitas terras orientais ainda hoje. O menu mencionado neste verso e nos dois seguintes constituía uma refeição farta que satisfaria os convidados. Abraão lhes deu o melhor". (CBASD, p. 329)

V. 9 

"Sara, tua mulher, onde está? Abraão permaneceu de pé (v. 8) e os serviu enquanto comiam. Depois de comerem, perguntaram por Sara. Tal pergunta decididamente destoava do costume oriental; estranhos não deviam saber nem usar o nome da esposa de alguém. O fato de conhecerem o nome dela provavelmente sugeriu a Abraão que seus convidados eram mais do que seres humanos, e a pergunta implica que a visita deles tinha a ver com ela. A conversa que se seguiu tornou clara a identidade deles e, através da promessa então repetida, Abraão certamente reconheceu Aquele que já lhe havia aparecido cinco vezes. Esta foi a primeira ocasião em que Sara testemunhou pessoalmente uma das manifestações divinas feitas ao marido. Abraão já conhecia e cria (Rm 4:19, 20). Por esses fatos, e pelo que é dito em Gênesis 18:9-15, parece que essa visita tinha o objetivo de preparar Sara para a suprema experiência de sua vida - o nascimento do primeiro e único filho". (CBASD, p. 329)

V. 10

"Sara o estava escutando. Sara estava em pé atrás das cortinas da tenda, como é o costume das mulheres árabes desde a Antiguidade. Proibidas de estar livremente na presença dos homens, inclusive de hóspedes do sexo masculino, especialmente se fossem estranhos , mas intensamente interessadas em suas conversas, as mulheres dos beduínos, tanto hoje como naquela época, geralmente ficam próximas à entrada da tenda, mas sem se deixar ver. Embora elas próprias não possam ser vistas, geralmente ouvem tudo o que é falado pelos visitantes e os observam atentamente". (CBASD, p. 330)

V. 12

"O meu senhor. Em contraste com as óbvias faltas de Sara, sua respeitosa submissão a Abraão é digna de elogio. Mesmo ao falar consigo mesma, ela se referiu a ele como "meu senhor", pelo que o NT a louva como exemplo de virtude cristã própria de uma esposa (lPe 3:6)". (CBASD, p. 330)

V. 14

"Onde falham a sabedoria e a força humanas e onde a natureza debilitada não consegue agir, ali Deus ainda tem pleno controle e faz com que as coisas aconteçam segundo os conselhos de Sua própria vontade. Na verdade, Ele muitas vezes permite que as circunstâncias cheguem a um impasse para que a impotência humana possa aparecer em marcante contraste com Sua onipotência". (CBASD, p. 330)

V. 16

"Uma vez que os convidados de Abraão haviam chegado ao meio-dia e sem dúvida passaram várias horas com ele, a partida deles provavelmente ocorreu no fim da tarde". (CBASD, p. 331)

Curiosidade: "Abraão ia com eles. Em harmonia com um antigo costume de amizade que continuou durante os tempos do NT (Rm 15:24; 1Co 16:11; At 20:38; 3Jo 6), Abraão acompanhou os convidados ao longo de uma curta distância. Nas terras orientais ainda é costume, por ocasião da partida de convidados, ir com eles parte do caminho, e a distância percorrida indica o grau de respeito e honra que o anfitrião deseja mostrar-lhes. Uma antiga tradição afirma que Abraão foi até Cafar-Barucha, um local montanhoso que fica aproximadamente 7 ou 8 km a leste-nordeste de Hebrom, de onde se pode avistar o Mar Morto. Deste ponto, possivelmente Abraão e seus convidados tenham contemplado as prósperas cidades da planície". (CBASD, p. 331)

V. 17 

"Abraão é chamado nas Escrituras de o amigo de Deus (2Cr 20:7; Is 41:8)". (CBASD, p. 331)

V. 18

"Uma grande e poderosa nação. Referindo-se às primeiras promessas feitas a Abraão (Gn 12:2), Deus explica por que é adequado e apropriado informá-lo sobre o juízo por vir às cidades da planície. Pelo menos teoricamente, toda a terra pertencia a Abraão. Se Deus, o participante superior da aliança, propôs tomar medidas que afetavam certa parte dela, Abraão como o participante menor que se demonstrara confiável, devia ser informado disso. Era essencial, na verdade, que Abraão entendesse e aprovasse a medida a ser tomada, uma vez que ela afetaria Ló e seus familiares, alguns dos quais em breve perderiam a vida como resultado disso". (CBASD, p. 331)

V. 19

"Abraão não só orava com sua família e diante dela, mas também intercedia por ela como sacerdote, um procedimento seguido por outros patriarcas e santos do passado". (CBASD, p. 331)

"Ao se educar filhos, todo olhar, ato e palavra têm seu efeito. Em muitos lares, há pouca educação por instrução ou exemplo. Os pais são considerados responsáveis pelo sagrado legado dos filhos e, portanto, devem combinar firmeza com amor, como Abraão o fez". (CBASD, p. 331)

V. 22

"Abraão permaneceu ainda. Dois dos visitantes celestiais nesse momento deixaram Abraão e desceram para a planície (ver Gn 19:1). O Senhor, contudo, ainda ficou para conversar com ele". (CBASD, p. 332)

V. 26

"Pouparei. Deus aceitou a estipulação proposta por Abraão, não como um ato de justiça, mas como um exercício de misericórdia. A justiça requeria a preservação do justo, mas somente a misericórdia poderia poupar o ímpio. Presumivelmente, também, a presença de um grupo de 50 justos ofereceria esperança para a conversão de outros. Deus aceitou o raciocínio de Abraão e Se mostrou disposto a conceder misericórdia aos que não a mereciam, por amor dos "cinquenta justos". (CBASD, p. 333)

V. 28

"E a misericórdia divina aceitou a intercessão de Abraão sem hesitação". (CBASD, p. 333)

V. 33

"Abraão voltou. Todo aquele que ama a Deus amará também seu próximo, e se sacrificará, se necessário, para promover-lhe o bem-estar. Não podemos impedir os homens de pecar contra Deus, mas podemos interceder por eles e insistir com eles. Deus Se agrada de tal intercessão, porque ela reflete Seu próprio grande coração de amor. Quanto pode, por sua eficácia, a súplica do justo I Quando Abraão se aproximou de Deus em amor e fé, intercedendo humildemente pelos pecadores, Deus Se aproximou dele em misericórdia, graciosamente atendendo a cada solicitação. A mesma experiência aguarda aqueles, hoje em dia, que seguem nas pegadas do pai dos fiéis". (CBASD, p. 334)

Ellen G. White

V. 19

"O cumprimento das condições traz bênção. Se os pais cumprissem as condições mediante as quais Deus prometeu ser sua força, não deixariam de receber a bênção divina em seu lar (RH, 21/05/1895)". (CBASD, p. 1204)