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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Gênesis | Capítulo 21

Gênesis 21, é mais uma descrição do continuo trabalho de Deus, em colocar seus planos em execução, enquanto ao mesmo tempo, reorganiza o que homem desorganizou tentando fazer, melhor, ou mais rápido que Deus. 

A maturidade cristã consiste em entender que os propósitos de Deus tem tempo determinado para se concretizar. (v. 1,2)

E quando esse propósito se realiza oblitera toda a tristeza que se viveu até chegar ali. (v. 6)

Não importa a nacionalidade, ou condição social, se desenvolveu intimidade com Deus, Ele contempla nossas dores e nos socorre em tempo oportuno. (v. 18) Foi assim com Agar e não será diferente com seus filhos hoje, permita que ele se aproximá e erga você.

Deus não apenas atua na vida dos protagonista, Ele também abençoa os coadjuvantes. (v. 20)

Deus era com Abraão em tudo que ele fazia, e diante das nossas obras, com as quais Deus tem sido conosco? (v.22)

O resultado da bênção de Deus sobre as obras de Abraão, resultavam da resposta de Abraão em desfrutar de continua comunhão com Deus, inclusive para as questões mais corriqueiras, como plantar arbustos. (v. 33) 

O nome pelo qual Abraão invoca é "El Olam" que quer dizer Deus da eternidade. "nome particularmente apropriado quando em conexão com o estabelecimento de uma aliança. Cada nome especial de Deus, em Gênesis, revela um novo aspecto de sua auto-revelação (cf Gn 14.18; 16.13; 17.1; 33.20; 35.7)". (Shedd, v. 33)

Reynan Matos
Teólogo. 

Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia

V. 2

"A princípio Abraão foi informado apenas de que teria um filho. Mais tarde lhe foi dito que Sara daria à luz esse filho e, somente no final, foi-lhe dito quando o filho nasceria. [...] Tinha Abraão cem anos. (v.5) Exatamente 25 anos haviam se passado desde a primeira promessa de um filho (Gn 12:1-4).". (CBASD, v. 1, p. 349)

V. 3

"lsaque. Deus já havia escolhido um nome para a criança (Gn 17:19). O nome de Isaque, que significa "ele ri ", devia ser uma lembrança perpétua da feliz ocasião em que a fé se tornou realidade (ver Gn 17:1 7; 18:12; 21:6; SI 126:2). O nascimento de Samuel e o de João Batista, ambos em circunstâncias semelhantes, também trouxeram grande alegria (lSm 2:1; Lc 1:58)". (CBASD, v. 1, p. 349)

V. 6

"Deus me deu motivo de riso. O riso de Sara um ano antes havia refletido cinismo e incredulidade, mas agora seu riso era de alegria. Era agora recompensada a preserve rança
de Abraão e Sara durante o que lhes pareceu longos e negros anos de desapontamento e demora. Para eles, o nascimento de !saque significava o raiar de um novo dia (ver SI 30:5). Esse evento foi o "penhor" ou sinal de que a promessa em sua inteireza - a vinda do Messias, o evangelho a todas as nações e o lar eterno - se realizaria (Gn 22: 18; Gl 3:16; Hb 11:9, lO). Os escritores bíblicos fazem repetidas referências a esse alegre evento (ver Is 51:2, 3; 54:1; Gl 4:22-
28)". (CBASD, v. 1, p. 349)

"Como Sara, a "Jerusalém lá de cima", a "nossa mãe", se regozija quando hoje nascem filhos da fé (Is 66:10; Lc 15:10)". (CBASD, v. 1, p. 349)

V. 8

Curiosidade: "E foi desmamado. Entre os orientais o desmame ocorria mais tarde do que ocorre no Ocidente. De acordo com 2 Macabeus 7:27, as mães judaicas amamentavam os filhos por três anos (ver também 2Cr 31:16). Samuel parece ter sido levado ao santuário logo após ser desmamado, quando já podia ministrar diante do Senhor (lSm 1:22-28). É costume oriental comemorar o desmame da criança por uma festa ritual, quando se espera que ele participe de uma refeição de
alimento sólido pela primeira vez. Isso marca o final da primeira infância".  (CBASD, v. 1, p. 349)

V. 9

Curiosidade: "Caçoava. Alguns comentaristas traduzem a palavra heb. metsaheq, "caçoava", como "brincava com" e concluem que a declaração de Sara no verso seguinte foi resultado de ciúmes. Julgam que ela não conseguia suportar o pensamento de que Ismael participasse da herança de Abraão. Outros explicam esta passagem à luz da explanação de Paulo de que Ismael foi expulso da casa de seu pai por perseguir !saque (Gl4:29, 30). O verbo 1netsaheq, "caçoava", vem da mesma raiz que "!saque", ou seja, do verbo
"rir". Usado aqui na forma intensiva, contudo, o verbo expressa algo mais do que simplesmente dar risadas - significa ridicularizar. Ló pareceu a seus genros como alguém que "gracejava com eles" ou brincava com o bom senso deles; ele parecia estar caçoando deles (Gn 19:14). A mesma palavra
é usada para José, a quem a esposa de Potifar acusou de ter vindo "para insultar-nos", ou "para escarnecer de nós" (ARC),
isto é, para divertir-se às custas da generosidade do marido dela para com ele (Gn 39: 14-17). A orgia dos israelitas diante do bezerro de ouro também é descrita pelo mesmo verbo (Êx 32:6), traduzido como "divertir-se", "folgar" (ARC) ou, inapropriadamente, como "brincar" (KJV). Os filisteus chamaram Sansão, já cego, à sua presença, "para que nos divirta" (]z 16:25). O único caso em que a palavra é usada em sentido favorável descreve !saque "acariciando" Rebeca (Gn 26:8). Portanto, segundo a maioria dos exemplos em que a forma intensiva deste verbo é
usada, Ismael "caçoava" de Isaque ou o provocava com gracejos". (CBASD, v. 1, p. 349-350)

"Ismael era 14 anos mais velho que Isaque e, portanto, tinha 17 anos quando Isaque foi desmamado (ver Gn 16:3; 21:5). Sem dúvida, ele sempre havia considerado a si mesmo como o filho mais velho e herdeiro de Abraão. O nascimento de Isaque, contudo, e a festa por ocasião de seu desmame, tornaram claro que o filho de Sara tomaria seu lugar e, como resultado disso, seu ciúme foi despertado. Não é de admirar que Ismael caçoasse de Isaque por ser o mais novo e, portanto, não ter os direitos e privilégios da primogenitura". (CBASD, v. 1, p. 350)

V. 12

"Atende a Sara. Do ponto de vista humano, parece estranho que Deus aprovasse o pedido egoísta de Sara. Embora Deus estivesse pronto a abençoar Ismael (ver Gn 16:10 ; 21:13) e não censurasse diretamente Abraão por causa de Agar, Ele nunca havia reconhecido tal casamento. Para Deus, ela sempre fora a "serva", nunca a esposa. O incessante caçoar por parte de Ismael (ver com. do v. 9) tornou evidente que ele continuaria a perturbar a paz e a harmonia do lar durante toda a vida de Abraão e, que após a morte deste, provavelmente iria reivindicar seu direito de primogenitura à força . Estava então claro que Ismael não poderia mais permanecer naquele lar sem colocar em perigo o plano de Deus para !saque. Abraão não havia buscado o conselho de Deus ao tomar Agar, e esse ato impensado tornou necessária a expulsão de um filho a quem ele ternamente amava. Ao mesmo tempo, Deus confortou Abraão com a certeza de que Ismael, como seu descendente, também partilharia da promessa feita a ele, no sentido de que se tornaria uma grande nação". (CBASD, v. 1, p. 350)

V. 14

"O fato de se perderem no deserto foi aparentemente uma providência de Deus para ele (ver At 17:26)". (CBASD, v. 1, p. 351)

"Se tivessem sido dispostos a aceitar um papel subordinado, talvez tivessem permanecido no lar de Abraão até Ismael ficar adulto. Com frequência uma conduta mal calculada implica não só a perda de bênçãos que é nosso privilégio desfrutar, mas também sofrimento desnecessário (ver Jr 5:25)". (CBASD, v. 1, p. 351)

V. 19

"Abrindo-lhe Deus os olhos. A atenção de Agar foi dirigida a um poço nas imediações, que es tivera lá o tempo todo. O poder divino não produziu água, mas visão clara. Os poços do deserto, na Palestina, eram buracos no solo artificialmente alargados, onde se empoçava a água de fontes naturais e cuja abertura era ocultada por pedras a fim de impedir que animais perdidos caíssem neles. Agar simplesmente não sabia da existência desse poço em particular até que providencialmente sua atenção foi dirigida a ele". (CBASD, v. 1, p. 351-352)

V. 22

"Deus é contigo. [...]O fato de Deus estar com alguém não permanece por muito tempo sem ser notado por outros. A evidente bênção de Deus sobre Seus leais representantes produz respeito por eles na mente daqueles que lhes observam. Ao redor do mais humilde cristão existe uma atmosfera de dignidade e poder". (CBASD, v. 1, p. 352)

V. 27

Importante: "Onde quer que fosse, Abraão seguia a boa política de viver em paz com seus vizinhos (ver Jr 29:7; Rm 12:18)". (CBASD, v. 1, p. 352) Quer com: Os chefes dos amorreus, ou dos filisteus.

V. 28

Curiosidade: "Sete cordeiras. As cordeiras não foram usadas para a ratificação da aliança. Foram um presente amigável ou um pagamento pelo poço, que, embora cavado por Abraão, aparentemente estava no território de Abimeleque. A aceitação das cordeiras por parte de Abimeleque devia ser um "testemunho" (v. 30) dos direitos de Abraão sobre o poço em questão". (CBASD, v. 1, p. 352)

V. 31

Curiosidades: "Berseba tem sido habitada sem interrupção desde os dias de Abraão e conserva seu nome antigo até hoje. Pertence ao Estado de Israel e cresceu muito em poucas décadas, passando de uma população de cerca de 84 mil habitantes, em 1972, para 186 mil, em 2010". (CBASD, v. 1, p. 353)