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sábado, 3 de novembro de 2018

Gênesis | Capítulo 22

Um capítulo recheado de muitas verdades:

1.Confiança, de Abraão ao Deus que estava servindo. 

2.Gratidão, de Isaque por poder ser literalmente um sacrifício vivo a Deus.

3.Providência, de Deus ao intervir por meio do cordeiro o sacrifício do filho de Abraão.

4.Substituição, do cordeiro por Isaque. 

Poderíamos considerar esse capítulo como uma síntese do Plano da Salvação, afinal: vemos Abraão ilustrando o sacrifício de Deus Pai, e Isaque ilustrando o sacrifício de Deus Filho. Gn 22, mantém viva a promessa de Gn 3.15, que teve seu cumprimento em Jo 19.17, que só nos faz sentido graças a promessa de Jo 14.1-3, que terá seu cumprimento em Ap. 1.7  

Outro ponto a ser considerado é a distinção que o relato apresenta entre teste e tentação, conforme destacou o Pr. Abdala: "Deus testou Abraão. Aprenda a distinguir entre TESTE e TENTAÇÃO. Tentações vêm de nossos desejos (Tiago 1:12-16), testes vêm do Senhor. Tentação é usada p diabo p tirar o PIOR em nós, mas o teste é usado p Espírito p tirar o MELHOR de nós (Tg 1:1–6)".

"Voltaremos. Era a firme convicção de Abraão que ele e Isaque, de fato, voltariam. Sua fé, destacada em Hb 11.17-19, se fundamentava sobre a promessa de Deus claramente proferida, '... por Isaque será chamada a tua descendência' (21.12)". (Shedd, v. 5)

Pais que não tem tido fé de sacrificar seus filhos a Deus, se restringem até um filho que pergunte pelo cordeiro. (v. 7) Pelo que seu filho tem perguntado? (pelos heróis da marvel? quando vão poder namorar? quando vão ter ou trocar o smartphone?)

O verso 8 "é profético, tanto na experiência de Abraão, como concernente à primeira vinda de Cristo e sua morte sacrificial pro nós (cf Jo 1.29 e Rm 5.8). O verso 5 deixa patente que Abraão admite que Isaque haveria de voltar com ele, quer por efeito de uma intervenção especial antes de oferecê-lo, quer pela ressurreição da vítima (Hb 11.19)". (Shedd)

Não importa a natureza do momento, Abraão não deixa de erigir um altar ao Senhor. (v. 9)

A prontidão em responder ao Senhor assegurou a salvação do filho de Abraão. A que perigos você e sua família tem sido expostos em virtude da sua procrastinação em responder ao Senhor. (v. 11)

Abraão não negou o seu único filho, e nós o que temos negado ao Senhor? (v. 12)

Que disparidade do cristianismo moderno, para os dias patriarcais. Antes da providência víamos a renuncia e a fidelidade. Hoje se espera a providência para depois, haver a possibilidade de uma renuncia e quem sabe até acompanhada de fidelidade. (v. 14)

O que você tem respondido aos convites que Deus lhe tem feito?

Reynan Matos
Teólogo

Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia

V. 1

"Cerca de 17 anos tranquilos foram passados em silêncio. Isaque era então um homem de 20 anos". (CBASD, v. 1, p. 355)

"Eis-me aqui. Esta visão ocorreu à noite (PP, 147) e foi a oitava ocasião em que Deus falou com Abraão (At 7:2; Gn 12:1; 13:14; 15:1 ; 17:1 ; 18:1 ; 21:12). As experiências prévias haviam ensinado Abraão a reconhecer a voz de Deus imediatamente, e ele estava pronto a responder. Esta breve conversa introdutória consiste apenas de duas palavras no hebraico e, neste particular, difere de semelhantes ocasiões passadas". (CBASD, v. 1, p. 355)

V. 2

Ao enfatizar teu único filho, Deus apelava a sua paternidade, e ao mesmo tempo contrastava com Ismael a quem chamou de filho da serva (Gn 21.12,13)

curiosidade: "À terra de Moriá. O nome Moriá aparece apenas duas vezes na Bíblia: aqui e em 2Cr 3:1. De acordo com esta última passagem, Salomão construiu seu templo no monte Moriá, ao norte da cidade de Davi e a leste do vale de Cedrom. A terra de Moriá, portanto, deve ter sido o território montanhoso que ficava ao redor de Jerusalém. O nome parece ter sido pouco comum". (CBASD, v. 1, p. 355)

"Oferece-o. O sacrifício de seres humanos, particularmente de crianças, era comum nos tempos antigos. Tanto a Bíblia quanto a arqueologia afirmam que os cananeus praticavam ritos dessa natureza. Portanto, a ideia de alguém sacrificar seu primogênito para uma divindade não era estranha para Abraão. Embora Deus tenha explicitamente proibido esses sacrifícios (Lv 18:21), não é certo se isso estava claro para Abraão. Na verdade, somente com base na pressuposição de que ele não conhecia a proibição a esse respeito é que podemos explicar o fato de não haver protestado contra a ordem de Deus para que oferecesse o filho". (CBASD, v. 1, p. 355, 356)

V. 3

Abraão era um homem que tinha o hábito de levantar cedo. Além de ser um homem de ação, e obediência imediata.

"De qualquer forma, como poderia ele dormir tendo na mente o peso dessa mensagem?". (CBASD, v. 1, p. 356)

"Abraão obedeceu sem fazer uma única pergunta, sem oferecer uma única objeção e sem buscar conselho humano". (CBASD, v. 1, p. 356)

"Em questões que envolvem princípios, o cristão maduro só pede uma clara percepção do dever. Sua cooperação brota de um coração transbordante de amor e devoção. Ele vive como que na própria presença de Deus, sem que considerações humanas diminuam sua percepção da verdade e do dever". (CBASD, v. 1, p. 356)

"Contudo, nessa ocasião grande luta deve ter ocorrido no coração do "amigo de Deus". Não quanto a se obedeceria, mas quanto à confirmação divina de que seus sentidos e sua razão não o estavam enganando". (CBASD, v. 1, p. 356)

"Sua calma voz e as mãos firmes não traíram as emoções íntimas de um coração partido e sangrando". (CBASD, v. 1, p. 356)

"houve nenhum vestígio dos momentos de fraqueza do passado. Como um nobre herói da fé, tendo seu treinamento completado, Abraão respondeu imediatamente quando chamado a enfrentar a suprema prova. Esse foi o clímax de sua experiência espiritual. Ele serenamente se elevou a uma altura nunca igualada por outro mortal e se qualificou para a honra de ser chamado "o pai dos fiéis". (CBASD, v. 1, p. 356)

V. 7

"Meu pai! Esta expressão carinhosa deve ter lacerado o coração de Abraão". (CBASD, v. 1, p. 358)

Um recado ao Pais: "Nenhum filho bem-educado ousaria fazer perguntas ou declarações na presença dos pais sem primeiro receber permissão para fazê-lo. Abraão deu essa permissão ao responder: "Eis-me aqui, meu filho!". (CBASD, v. 1, p. 358)

V. 8

"Por inspiração, essa resposta apontava tanto para o carneiro do v. 13 como para o Cordeiro de Deus, embora naquele momento ele não pudesse divisar nenhum dos dois". (CBASD, v. 1, p. 358)

V. 9

"Edificou Abraão um altar. Ao chegar ao local onde séculos mais tarde estaria o templo, pai e filho ergueram um altar. Salém, a cidade de Melquisedeque, ficava a curta distância ao sul. Mas um pouco mais adiante, a noroeste, ficava a colina mais tarde conhecida como Gólgota". (CBASD, v. 1, p. 358)

"É difícil imaginar o misto de sentimentos que encheu o coração do rapaz - espanto, terror, submissão e, finalmente, fé e confiança". (CBASD, v. 1, p. 358)

Pais preste bem atenção: "Se essa era a vontade de Deus, ele consideraria uma honra dar sua vida em sacrifício. Sendo um jovem de 20 anos de idade, ele poderia facilmente ter resistido; em vez disso, encorajou seu pai nos momentos finais que precediam o clímax. O fato de !saque compreender de seu pai a fé e de partilhar dela foi um nobre tributo à cuidadosa educação que recebera ao longo de sua infância e juventude. !saque se tornou, assim, um tipo apropriado do Filho de Deus, que Se rendeu à vontade de Seu Pai (Mt 26:39). Em ambos os casos o pai entregou seu único filho". (CBASD, v. 1, p. 358)

V. 12

"Deus considerou a devoção do coração deles como um dom muito mais aceitável a Seus olhos e recebeu a vontade em lugar do ato (Hb 11: 17)". (CBASD, v. 1, p. 359)

"A voz celestial também testifica da rejeição de sacrifícios humanos por parte de Deus (ver Dt 12:31; 2Rs 17:17; 2Cr 28:3; Jr 19:5; Ez 16:20, 21)". (CBASD, v. 1, p. 359)

V. 13

"Tomou Abraão o carneiro. Descobrindo o carneiro e aceitando-o como sinal adicional da providência divina, Abraão não precisou aguardar instruções de Deus quanto ao que fazer. Ali estava o cordeiro que Abraão dissera Deus proveria (v. 8). A lenha, o fogo e o cutelo não haviam sido levados inutilmente, nem o altar havia sido erigido em vão". (CBASD, v. 1, p. 359)

V. 14

"Nesse local sagrado, no santo dos santos do templo de Salomão, habitou a glória de Deus, o shekinah. Também próximo desse monte ocorreu a rejeição e o sacrifício do Cordeiro de Deus pelos líderes judeus". (CBASD, v. 1, p. 359)

V. 15

Curiosidade: "Antes da experiência registrada no capítulo 22·, Deus havia Se comunicado com Abraão sete vezes (ver com. do v. 1). Esta é a última revelação divina registrada, feita a Abraão. Deus aceitou sua lealdade e obediência e reafirmou as promessas feitas tantas vezes no passado". (CBASD, v. 1, p. 359)

V. 20

"Foi dada notícia a Abraão. Um mensageiro não identificado foi a Berseba com notícias sobre Naor, o irmão de Abraão que havia ficado em Harã. Essas notícias consistiam em uma breve lista genealógica dos descendentes de Naor. Ela é incluída aqui para mostrar a linhagem de Rebeca, que logo se tornaria a esposa de Isaque". (CBASD, v. 1, p. 359)

V. 23

Curiosidade: "Betuel gerou a Rebeca. Nada se sabe dos outros filhos de Naor; somente sobre Betuel, o filho mais novo. Betuel é importante por ser o pai de Labão e de Rebeca (ver Gn 24:15, 24, 47, 50; 25:20; 28:2, 5). O nome Betuel, literalmente, "habitação de Deus", pode indicar que ele era um homem piedoso. A omissão do nome de Labão nesta lista sugere que ele ainda não era nascido". (CBASD, v. 1, p. 359)

V. 24

"O fato de cada um dos três descendentes de Tera - Naor, Ismael e Jacó- terem 12 filhos tem sido visto por eruditos da Alta Crítica como uma simetria fabricada artificialmente. Esses eruditos, no entanto, não explicam por que homens importantes como Abraão e Isaque não tiveram também 12 filhos". (CBASD, v. 1, p. 359)

Ellen G. White

V. 2

"Pela obediência de Abraão, é-nos ensinado que coisa alguma é demasiado preciosa para darmos ao Senhor (OC, 225)". (CBASD, v. 1, p. 1204)

V. 12

"Toda dádiva é propriedade do Senhor. A prova de Abraão foi a mais severa que poderia sobrevir a um ser humano. Se fracassasse diante dela, nunca teria sido registrado como o pai dos fiéis. Se houvesse desobedecido à ordem de Deus, o mundo teria perdido um inspirador exemplo de inquestionável fé e obediência. A lição foi dada para continuar brilhando através dos séculos, a fim que possamos aprender que não há nada precioso demais para ser dado a Deus. É quando olhamos para toda dádiva como propriedade do Senhor, para ser usada em Seu serviço, que garantimos a bênção celestial. Devolva a Deus as coisas que Ele lhe confiou, e mais lhe será confiado. Conserve suas posses para si mesmo, e você não receberá nenhuma recompensa nesta vida, e ainda perderá a recompensa da vida por vir (YI, 06/06/1901)". (CBASD, v. 1, p. 1205)