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sábado, 3 de novembro de 2018

Gênesis | Capítulo 23

Como postou o meu amigo Pr. Fabiano no twitter falando sobre o Gn 23: "Não há dúvida de que todos ansiamos por uma terra na qual não se diz adeus".

Infelizmente a felicidade de Abraão não dura muito tempo, ao sairmos de um capítulo que retrata o livramento do seu filho, nos deparamos com um que trata da morte de sua esposa. E justamente quando nos deparamos com a morte é que nos damos conta que nossa pátria não é aqui, a despeito das condições favoráveis que vivamos. (v. 4)

E como estrangeiro, somos convocados a nos portarmos como verdadeiros nobres, do reino ao qual de fato fazemos parte. (v. 6)

De quem você tem sido príncipe ou princesa? Como o mundo tem lhe reconhecido?

Por mais que as pessoas insistissem com Abraão para ficar com o tumulo que desejasse, ele não abre mão de pagar, pelo que é devido. "No tempo de Abraão, oito siclos de prata equivaleria ao salário anual de um trabalhador". (Shedd, v. 4) Ou seja:
400/8 = 50 anos de trabalho (v. 15), em nossa moeda estamos falando de R$ 954,00 x 12 = 12.402 x 50 = 620.100 (com base no salário de 2018), isso tudo só diz o que twittou o Pr. Carlos: "Sabedoria, honestidade e prudência devem ser companheiras constantes dos verdadeiros servos de Deus".

Esse foi o único pedaço de terra que oficialmente Abraão possuiu daquelas terras que Deus o havia prometido, o tumulo de sua esposa. (Shedd). Esposa essa que "é a única mulher em toda a Bíblia, cuja idade nos é referida. Este interesse especial relativo à sua esposa, pode ser que tenha sua base na posição honrosa que lhe cabe como mãe espiritual de todos crentes (1 Pe 3.6)". (Shedd, v.1) Isaque tinha 37 anos quando ela morreu (Gn 17.1,17;21.5).

Um detalhe que não podemos deixar de destacar é o que foi pontuado pelo Pr. Abdala: "Sara foi enterrada lá e depois Abraão, Isaque, Rebeca, Lia e Jacó (Gn 23). Gênesis termina com túmulo CHEIO, mas os Evangelhos terminam com túmulo VAZIO! Jesus venceu a morte (1Cor 15:55-58). ''Quem tem o coração no céu não teme colocar seus pés no túmulo.''

Reynan Matos
Teólogo

Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia

V. 2

Curiosidade: "Depois de viver por quase 40 anos na terra dos filisteus (20:1 ; 21:31-34; 22: 19)". (CBASD, v.1, p. 361)

V. 4

"Sou estrangeiro. A abordagem cortês de Abraão para com os heteus, o "povo da terra", é notável (v. 7, 12, 13). Ele admitiu francamente sua posição como um peregrino e não reivindicou nada da terra como sua por direito (ver Hb 11 :13). Deus lhe havia prometido todo o território de Canaã. Com centenas de servos ele derrotara a força expedicionária aliada da Mesopotâmia (Gn 14). Os próprios heteus o reconheceram como um "príncipe poderoso" (Gn 23:6, KJV). Contudo, humildemente, Abraão não apresentou uma exigência a seus vizinhos; solicitou permissão para adquirir a posse de
um terreno, não por direito, mas como um favor e por um preço". (CBASD, v. 1, p. 362)

V. 8 

"Intercede por mim", a despeito de todo o seu prestígio ele não se esquiva de reconhecer a importância e influência dos outros. 

V. 9

Curiosidade: "Nessa caverna foram depositados, sucessivamente,os restos mortais de Sara, Abraão, lsaque, Rebeca, Lia e Jacó (Gn 25:9; 49:31; 50:13). Faltou somente Raquel, da grande família patriarcal (35:19)". (CBASD, v. 1, p. 362)

V. 11

Curiosidade: "se Abraão tivesse comprado apenas a caverna, o fardo de impostos de Efrom não teria sido aliviado, enquanto que a eventual compra da propriedade toda transferiria as obrigações feudais de Efrom para Abraão, o comprador".  (CBASD, v. 1, p. 362)


V. 13

Vemos Abraão mais uma vez dando uma lição de que a gratidão não encontra limites. "Abraão se inclinou novamente em gratidão. Ele, é claro, recusou-se a aceitar a propriedade de Efrom como presente, mas perguntou seu preço, declarando seu desejo de pagar por ela". (CBASD, v. 1, p. 362)

V. 15

Curiosidade: "Quatrocentos sidos. Cerca de 4,5 kg de prata (ver com. de Gn 20:16). Efrom declarou então seu preço, dando a entender que aquilo era uma bagatela para um homem rico como Abraão. Embora o preço pareça razoável em termos de valores modernos, no tempo de Abraão deve ter parecido exorbitante. Os registros babilônicos revelam que campos comuns eram vendidos naquela época por quatro sidos por acre, e as terras mais férteis a 40 sidos por acre. Segundo o padrão babilônico, Abraão teria podido comprar um campo de 100 acres por essa soma de dinheiro. Embora não se saiba o tamanho do campo de Efrom, Moisés parece deixar a impressão de que Efrom tirou vantagem da situação difícil de Abraão para seu próprio proveito. Do contrário, Efrom não teria oferecido a Abraão, além da caverna, o campo (ver com. do v. 11)". (CBASD, v. 1, p. 363)

V. 16

E exatamente o que muitas pessoas buscam foi exatamente o que Abraão evitou.  

"Abraão deve ter achado que barganhar seria algo que rebaixaria sua dignidade ou talvez tenha escolhido deliberadamente evitar adquirir a reputação de negociante as tuto. Ele pagou tudo à vista, segundo os padrões comerciais costumeiros, como o indica a frase "moeda corrente entre os mercadores". (CBASD, v. 1, p. 363)

V. 19

As vezes o nosso lugar de maior alegria é também repousara as nossas maiores tristezas. "caverna ficava localizada perto de Manre, onde Abraão havia morado antes do nascimento de Isaque. À vista do bosque que tinha sido o lar deles por tantos anos, onde haviam partilhado alegrias e tristezas, desapontamentos e esperanças, Abraão colocou sua amada esposa para descansar". (CBASD, v. 1, p. 364)