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sábado, 6 de abril de 2019

Deuteronômio | Capítulo 23

Este capítulo trata dos membros da congregação (v. 1-8), da higiene no campo (v. 9-14), da segurança a escravos fugitivos (v. 15,16), da prostituição religiosa (v. 17,18), da cobrança de lucros (v. 19,20), dos votos (v. 21-23), e da extensão da própria liberdade quando se estiver no campo ou em vinha alheia (v. 24,25)

Eis a palavra chave desse capítulo: "Dignidade"

V. 1

Curiosidade: "A mutilação do membro viril (cf 25.11,12). Era uma prática pagã. Nas antigas religiões pagãs, os eunucos eram sacerdotes dos templos". (Shedd)

A assembléia era uma realidade espiritual. 

"Neste versículo destaca-se a aversão que Deus tem da mutilação do corpo". (CBASD, v.1, p. 1135)

V. 2

"Nenhum bastardo. A raiz da palavra assim traduzida é incerta. A tradição rabínica não aplica este termo a todo o que nascia de uma união ilegítima, mas o limita ao nascido do incesto. Também o interpreta como não israelita ou um estrangeiro de linhagem desconhecida. A pureza da vida familiar e da vida espiritual sempre foi algo de suprema importância para Deus". (CBASD, v.1, p. 1135-1136)

V. 4

"A inimizade manifestada ao povo de Deus é considerada como hostilidade para com o próprio Cristo
(At 9:4, 5)". (CBASD, v.1, p. 1136)

V. 6

"Não lhes procurarás nem paz. Os israelitas não deviam procurar se fraternizar com os vizinhos pagãos (ver Ed 9:12). Deviam permanecer separados desses povos, quanto a relações sociais. A experiência em Baal-Peor demonstrou os resultados trágicos de tal associação (ver Nm 25:1-9). Esta advertência era bastante apropriada em vista do fato de os moabitas serem seus vizinhos mais próximos, e sem dúvida haveria várias ocasiões para se ter com eles relação ampla e íntima". (CBASD, v.1, p. 1136)

V. 8 

"Na terceira geração. Os israelitas tinham habitado no Egito por 200 anos e lá encontraram proteção e sustento numa época de fome terrível. Depois veio a perseguição. Contudo, Deus não permitiria que Seu povo visse apenas o lado mau de uma nação. Na terceira geração os descendentes de um edomita ou de um egípcio podiam desfrutar de todos os privilégios do povo de Deus, contanto que fosse circuncidado. É provável que existisse considerável intercâmbio comercial e cultural entre os dois países". (CBASD, v.1, p. 1136)

V. 9

"De toda coisa má. Nesta passagem se adverte sobre estrita limpeza física e pureza de vida. Como um exército em marcha, um contingente de soldados sem as relações sociais normais podia ser tentado a rebaixar as normas de conduta. A condição de Israel diante de Deus era muito mais importante do que sua preparação militar para o confronto com o inimigo. Deus não podia conduzir à
vitória um povo infiel e impuro". (CBASD, v.1, p. 1136-1137)

V. 10

"Deus estava no meio do acampamento para conduzi-los à vitória. Ele não toleraria o rebaixamento das normas que com frequência acompanham a vida militar". (CBASD, v.1, p. 1137)

V. 12

Curiosidade: "As regras sanitárias deviam ser observadas, não apenas por respeito ao próximo, mas como proteção da saúde do exército". (CBASD, v.1, p. 1137)

V. 13

Observamos as minucias do cuidado de Deus para com o seu povo. 

V. 14

"Uma igreja impura não pode ser vitoriosa no conflito entre Cristo e Satanás, pois as bênçãos do Céu são somente para aqueles que creem em Deus e Lhe obedecem sem reservas". (CBASD, v.1, p. 1137)

"Toda alma, do comandante-em-chefe ao mais humilde soldado do exército, tinha o sagrado encargo de preservar a limpeza em sua pessoa e em seus arredores; pois os israelitas foram escolhidos por Deus como Seu povo peculiar. Tinham o dever sagrado de ser santos no corpo e no espírito. Não deviam ser descuidados ou negligentes quanto aos deveres pessoais. Em todos os aspectos deviam preservar a limpeza. Não deviam permitir nada sem asseio ou insalubre ao redor deles, nada que maculasse a pureza da atmosfera. Interior e exteriormente deviam ser puros [cf. Dt 23:14] n(Carta 35, 1901)". (CBASD, v.1, p. 1235)

"O Céu é um lugar limpo e santo. Deus é puro e santo. Todos os que se chegam à Sua presença devem atentar para Suas instruções e ter o corpo e as roupas numa condição pura e limpa, mostrando assim respeito a si mesmos e a Ele. O coração também precisa estar santificado. Aqueles que fazem isso não desonrarão Seu sagrado nome adorando-O enquanto seu coração está poluído e seu traje, desalinhado. Deus vê essas coisas. Ele nota o preparo do coração, os pensamentos e o asseio na aparência daqueles que O adoram (Ms 126, 1901)". (CBASD, v.1, p. 1235)

V. 17,18

"Israel tinha de abster-se totalmente da prostituição religiosa ligada aos ritos de fertilidade pagãos. Em Canaã, tanto as mulheres como os homens eram fornicadores". (Shedd)

V. 19,20

"A lei do amor proibia emprestar a juros a um compatriota mais pobre". (Shedd)

"O propósito era beneficiar aqueles que de fato estivessem em apuros (ver com. de Êx 22:25; ver também Lv 25:35, 36; cf. Ne 5:2- 5, 10-1 2)". (CBASD, v.1, p. 1138)

V. 21-23

"Qualquer voto feito a Deus é uma questão solene e não deve ser feito displicentemente".

V. 22

"Não é obrigatório fazer votos a Deus, mas é obrigatório cumprir o voto feito. A violação é pecado". (CBASD, v.1, p. 1138)

V. 25

"Não meterás a foice. Ver Me 2:23. A fome legítima devia ser satisfeita; pegar mais seria roubo. Esta provisão estava em harmonia com o segundo "grande mandamento" do amor ao próximo, além de ser
um reconhecimento de que a colheita pertencia a Deus. O dono não perderia com a pequena quantidade de grão ou fruto tomado de seu campo ou horta, porém, seria o suficiente para satisfazer a fome imediata de quem passasse por ali. O dono não poderia se sentir prejudicado. O estranho, se fosse pobre, não pensaria que a sociedade não se interessava por suas necessidades". (CBASD, v.1, p. 1138) 

Conclusão

Não se pode obter lucro material por: 

      1) Práticas imorais
      2) Tirar vantagens de um irmão
      3) Transformar a liberdade em libertinagem

Reynan Matos 
Teólogo