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sexta-feira, 22 de março de 2019

Deuteronômio | Capítulo 8

Moisés exorta o povo a obedecer e a lembrar-se dos benefícios de Deus. Apresenta a possibilidade de prosperidade e adverte contra o perigo de esquecer-se de Deus. 

"DEPENDÊNCIA DE DEUS: Moisés apela em favor da dependência de Deus. Até ali, a dependência do Senhor havia sido crucial para os israelitas, seja quanto aos suprimentos de água, aos animais peçonhentos ou ao alimento. Rodeados de fartura e prosperidade, eles seriam tentados a crer que não precisavam mais de Deus, que poderiam adquirir riquezas com sua força (Dt 8:17). Moisés quebra esse raciocínio, provando que a atuação divina havia sido tão fundamental para a sobrevivência no deserto quanto seria na Terra da Promessa. O Senhor lhes dava força para adquirir riquezas (v. 18). Sem esse senso de dependência, os israelitas finalmente pereceriam (v. 19, 20)". (Jornada 2019, p. 66)

Antes de pensar em pôr alimento em nossa boca para satisfazer o estômago, devemos nos voltar para o que sai da boca do Senhor para satisfazer o espírito (Dt 8:3).

V. 3

"Ele te humilhou. A humilhação consistiu primeiramente de privação, e então da provisão do maná. O maná obrigou Israel a reconhecer que dependia de Deus, a fonte última da vida". (Shedd)

"Não só de pão viverá o homem. Essas palavras foram citados por Jesus em Sua tentação. A verdadeira vida não é fruto do bem-estar material, mas, sim, da Palavra de Deus, (cf 32.46,47)". (Shedd)

"Tudo o que procede da boca do Senhor. Moisés, provavelmente, se referia em particular à revelação de Deus que ele mesmo transmitira ao povo. É importante notar que a mais poderosa arma espiritual, da qual Jesus lançou mão para derrotar as tentações de Satanás, foi a própria Palava de Deus. Os três tipos de tentação, dos quais Satanás lançou mão para desviar Jesus da Sua obra de salvação, descrevem-se em Mt 4.1-11; as três respostas finais e inabaláveis, que Jesus deu, foram todas tiradas deste discurso de Moisés, e se registram em Dt 6.13; 6.16 e aqui neste versículo Jesus reconheceu que as palavras que citou são a plena revelação da vontade do Seu Pai, que são a verdade eterna e inabalável, e, citadas com a plena compreensão do seu sentido, com fé inabalável, e com autoridade, são eficazes para enfrentar as forças infernais que desejam estragar o plano divino de restaurar os homens à plenitude da comunhão com Deus. 'Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu' (Sl 119.89)". (Shedd)

V. 12

"Boas casas. Com frequência, bens materiais levam à preocupação indevida com as coisas temporais. O cristão deve colocar Deus em primeiro luga r, e confiar que Ele satisfará todas as suas necessidades
(Mt 6:33). Muitas vezes, o ser humano coloca essas coisas como prioridade e espera que, de alguma forma, o Céu lhe seja acrescentado". (CBASD, v.1, p. 1074)

V. 13

"Tudo quanto tens. As riquezas não são más em si. Porém, o ser humano tende a se preocupar na tentativa de acumulá-las e retê-las para prazer pessoal e a se esquecer de Deus. Quando Abraão e Ló se tornaram ricos, contendas se levantaram entre eles (Gn 13:6, 7). Quando o cristão se torna "rico e abastado" e se sente satisfeito com essas riquezas, empobrece no que se refere às coisas de valor permanente (Ap 3:17)". (CBASD, v.1, p. 1074)

Conclusão 

1) Não descuidemos do perigos que circundam a prosperidade:

      1. Esquecimento (v. 11a)
      2. Desobediência (v. 11b)
      3. Auto-indulgência (v.12,13)
      4. Orgulho (v. 14a)
      5. Segurança carnal (v. 17)

2) Por que devemos obedecer a Deus?

      1. Por causa de suas misericórdias passadas (v.15)
      2. Por que não podemos coexistir sem ele (v. 18)
      3. Por causa do nosso bem-estar futuro (v. 19)

Para refletir considere: "“Nunca se envelheceu a tua veste sobre ti” (Dt 8:4). A bênção de Deus estava não só sobre o povo, mas também sobre tudo o que lhes pertencia. Em que detalhes você já sentiu a bênção de Deus em sua vida?"

Reynan Matos
Teólogo